THE TOWN THAT DREADED SUNDOWN VS THE CRAZIES
Aqui na sessão trago filmes que tem remakes. Mas fiz uma pequena associação dos dois filmes distintos por alguns motivos. Ambos são dos anos 70, retratando os medos e paranoias pertinentes à época. Ambos têm apenas 3 anos de diferença. As refilmagens são dos anos 2000. Ambas com 3 anos de diferença, São boas, bem feitas, mas não dizem nada sobre os tempos atuais. Ambos retratam um assassino invisível (o primeiro, uma epidemia, o segundo, pelo título e pelo fato de nunca terem solucionado os crimes) . Um fato interessante aconteceu comigo. Assistindo os quatro, me interessei mais pelos dois filmes de Texarkana. Mas não são grandes produções, mas valem muito como curiosidades.
E porque os títulos estão em inglês? Alguém pode perguntar...
Bom...isto é pessoal...
Tenho 40 anos, e até 38 eu só conhecia a primeira versão do Assassino invisível com nome original. (tenho o blu ray importado inclusive). A segunda versão, eu assisti sem legendas com o título original.
Já o Exército do extermínio, sempre mencionei o filme pelo nome original. E a refilmagem eu não consigo assimilar a tal "Epidemia" e sempre lembro do Dustin Hoffman.
Bom, vamos aos filmes.
ASSASSINO INVISÍVEL (1976)
FICHA TÉCNICA
Nome Original: The Town That Dreaded Sundown
Direção: Charles B. Pierce
Duração: 90 min.
Gênero: Terror | Mistério | Crime
Origem: EUA
Idiomas: Inglês
Elenco: Ben Johnson, Andrew Prine, Dawn Wells
SINOPSE
Uma cidade é destruída durante a 2ª Guerra Mundial e ainda é aterrorizada por um assassino encapuzado
CRÍTICA
Antes do boom dos filmes slasher nos anos 80, antes de Jason Voohrees, Michael Myers e cia, eis que Pânico ao Anoitecer/Assassino invisível, baseado em fatos reais, trouxe um assassino serial mascarado fazendo algumas vítimas indefesas na cidade de Texarkana, que fica na divisa entre Arkansas e Texas, no sul dos EUA. E olhe que o look do assassino, usando uma máscara de pano para cobrir seu rosto, lembra muito, mas lembra muito mesmo o visual de Jason em sua primeira aparição nas telas, em Sexta-Feira 13 – Parte 2, lançado somente cinco anos depois. Principalmente em uma das cenas em que você o vê segurando uma picareta. Vale como curiosidade pelo fato.
ASSASSINO INVISÍVEL (2013)
FICHA TÉCNICA
Nome Original: The Town That Dreaded Sundown
Direção: Alfonso Gomez-Rejon
Roteiro: Roberto Aguirre-Sacasa (roteiro), Earl E. Smith (filme de 1976)
Gênero: Suspense/Terror
Origem: Estados Unidos
Duração: 90 minutos
SINOPSE
65 anos depois de um serial killer mascarado aterrorizar os moradores da pequena cidade Texarkana, novos crimes com as mesmas características começam a acontecer. Jami (Addison Timlin), uma jovem que sobreviveu a um destes massacres imitadores - ocorrido durante a exibição do tributo anual ao filme baseado na série de assassinatos - vai tentar descobrir quem está recriando esses crimes, que nunca foram resolvidos, usando pistas de seu próprio passado.
CRÍTICA
“A história é genérica a praticamente 90% dos exemplares do gênero, porém ganha consistência graças a bela direção de Alfonso Gomez-Rejon (um dos diretores da série American Horror Story) que consegue balancear com a também eficiente fotografia um tom sempre dúbio e controverso sobre o que de fato está acontecendo e o que é uma referência ao longa de 76, assim como rimas narrativas inspiradas (como Jami olhando através do trem no ato final do longa). Dentre seus “parceiros do gênero”, este terror ao menos não ofende, além de entregar grandes momentos, como também é claro, apresentar ao grande público a ótima Addison Timlin.”
Como curiosidade, depois da revelação do assassino, voltei o filme, e a explicação é beeem forçada.
____________________________________________________________
EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO (1973)
FICHA TÉCNICA
Direção: George A. Romero
Roteiro: George A. Romero (roteiro), Paul McCollough (roteiro)
Gênero: Ação/Drama/Ficção Científica/Terror
Elenco: Lane Carrol, Will MacMillan, Harold Wayne Jones, Lloyd Hollar, Lynn Lowry
Origem: Estados Unidos
Duração: 103 minutos
SINOPSE
Um vírus desconhecido que contamina o reservatório de água de uma pacata cidade do interior, fazendo com que as pessoas que a consomem se tornem violentas e enlouquecidas. O governo manda um Exército de extermínio que sumariamente começa a eliminar a população.
CRÍTICA
Depois de mudar para sempre o cinema de horror, fundando os alicerces dos filmes modernos de terror com seus zumbis, George Romero volta sua metralhadora crítica cinematográfica para a paranoia humana, alienação, descontrole militar, medo da guerra biológica e os fantasmas que ainda rondavam os americanos com o fracasso da Guerra do Vietnã em O Exército do Extermínio. Mas com este grande fracasso.
A EPIDEMIA (2010)
FICHA TÉCNICA
Direção: Breck Eisner
Roteiro: Ray Wright, Scott Kosar
Elenco: Danielle Panabaker, Joe Anderson, Radha Mitchell, Timothy Olyphant
Produção: Brian E. Frankish, George A. Romero
Fotografia: Maxime Alexandre
Trilha Sonora: Mark Isham
Duração: 101 min.
SINOPSE
Depois que uma pequena cidade foi exposta a um misterioso vírus ou arma biológica, a insanidade começa a tomar conta do local. O exército toma de assalto a cidade e, sem saber o que se passa, o xerife David Dutton (Timothy Olyphant), sua esposa Judy (Radha Mitchell) e outros moradores lutam com todas as forças para sobreviver ao ataque dos habitantes, que se tornaram frios assassinos e zumbis sedentos de sangue.
CRÍTICA
Embora tenha dado o seu primeiro passo como diretor de longa-metragem com o nada visto “Crimes Premeditados”, Breck Eisner deu um tremendo banho de água fria em seu primeiro projeto de destaque, a aventura “Sahara”. O fato de ser filho do ex-chefe executivo da The Walt Disney Company, Michael Eisner, pesou. Inexperiente, recebeu 130 milhões de dólares como investimento para dirigir o astro Matthew McConaughey em um projeto insípido. Com o fracasso, Breck Eisner aprendeu que para se aprimorar é preciso lidar com projetos pequenos, mas que lhe ofereçam a liberdade para descobrir sua identidade. E o jovem realizador parece ter encontrado isto com “A Epidemia".
Embora longe de ser tão explosivo, “A Epidemia” encontra alguns paralelos com “Extermínio 2” ao focar explicitamente como verdadeiros vilões figuras públicas dotadas de autonomia e as forças armadas. São eles o pivô do perigo iminente e serão eles os responsáveis por mais caos e menos solução. É um chavão do cinema B de horror e que ganha algum respaldo de renovação pela habilidade de Breck Eisner em criar sequências que são impecavelmente tensas.