ÁGUAS RASAS (2016) - CRÍTICA DO RUBENS EWALD FILHO
Águas Rasas (The Shallows)
Espanha/EUA, 16. 86 min. Direção de Jaume Collet Serra. Com Blake Lively, Oscar Jaenada, Angelo Jose.
Este é o melhor thriller de suspense que assisti recentemente, um legítimo descendente do lendário Tubarão de Spielberg, sem desonrá-lo em nada como costuma acontecer com imitações. Porque na verdade este filme espanhol é bastante original e predisposto a fazer o espectador torcer e gritar e se assustar bastante. Ele teve um orçamento de 17 milhões de dólares e rendeu nas bilheterias americanas na segunda semana 51 milhões!
Nada mal, ainda mais se sabendo que o diretor de Barcelona, Jaume é o melhor dentre os realizadores de filmes comerciais, tendo realizado o novo The Commuter, com Liam Neeson (que esteve com ele em Sem Escalas), A Órfã, Casa de Cera, A Desconhecida. Ele é muito competente e fez praticamente uma história com uma única protagonista, no caso Blake Lively, conhecida pela série Gossip Girl, O Estranho Caso de Adaline, e casada com o Ryan Reynolds (curiosamente eu cruzei com ela no aeroporto de LA, quando fiscalizavam as respectivas bagagens!).
Não é uma grande atriz, mas consegue segurar um papel difícil e molhado, onde faz Nancy que vai a praia distante (a amiga dá o cano) e resolve surfar quando percebe que há um baleia morta no local, o que provoca o ataque de um tubarão branca fêmea (que seria mais violenta ainda). Escapa para uma espécie de recife (que a deixa machucada) onde tem como única parceira uma gaivota (também machucada). Ali luta pela vida, pedindo socorro aos poucos que aparecem procurando algum escape (um dos clímaxes é ela nadando entre águas vivas que também desagradam ao tubarão).
É um filme compacto, eficiente e que prende sempre a atenção e o interesse. Experimente que é divertido.