ÁGUIA SOLITÁRIA (1957) - LANÇAMENTO VERSÁTIL HOME VIDEO
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Entre 20 e 21 de maio de 1927, Charles Lindberg (James Stewart), um piloto de 25 anos (detalhe: o ator tinha mais de 50), cruzou sozinho o Atlântico no primeiro vôo sem escalas de Nova York até Paris. A viagem durou 33 horas e meia, foi feita em um monomotor e a maioria das pessoas não acreditava no êxito desta travessia, pois seis pilotos morreram tentando. O filme narra este histórico acontecimento e, através de diversos flashbacks, são mostrados momentos marcantes da vida de Lindberg.
A história de Lindeberg com a aviação começo no dia que presenciou a aterrissagem de um avião no campus da universidade, decidindo assim abandonar os estudos para tornar-se piloto. Inscreveu-se como aprendiz em uma companhia de aviação no Estado de Nebraska e realizou seu primeiro voo em abril de 1922. Ali, aprendeu os elementos essenciais para a construção de um avião e começou a participar de vôos com os Barnstormers, famosos acrobatas do ar, quando aprendeu a caminhar sobre as asas dos aviões e a realizar arriscados saltos de pára-quedas.
Fez seu primeiro vôo solitário em 1923 em um avião Curtiss Jenny, que adquiriu no Estado da Geórgia por 500 dólares. Um ano depois, alistou-se no Exército, seguindo para o curso de piloto da Reserva do Serviço Aéreo Nacional. Graduou-se em 1925 como o melhor piloto da sua classe. Após o serviço militar, foi contratado pela empresa Robertson Aircraft Corporation para fazer vôos de correio entre St. Louis e Chicago.
Charles acalentava o mesmo sonho de todos os pilotos da época: ganhar os 25 mil dólares oferecidos pelo dono de um hotel de Nova York, o francês naturalizado norte-americano Raymond Orteig, para o primeiro aviador a voar de Nova York a Paris sem escalas. Em 1927, vários pilotos já haviam perdido suas vidas tentando realizar a proeza, mas Lindbergh estava certo de que poderia vencer, se tivesse o avião adequado. Naquela época, a esmagadora maioria dos pilotos considerava os aviões monomotores muito frágeis para fazer um voo tão longo, e todas as tentativas haviam sido feitas com aviões de dois, três ou quatro motores. Lindbergh pensava exatamente o contrário, e convenceu alguns homens de negócios de St. Louis a financiar a preparação de um avião monomotor para fazer o vôo. A Companhia Aeronáutica Ryan, de San Diego, na Califórnia, foi escolhida e construiu um modelo Ryan NYP (um Ryan M-2 modificado). Lindbergh o apelidou de "Spirit of St. Louis", em homenagem aos seus patrocinadores.
Nos dias 10 e 11 de maio de 1927, Lindbergh testou o avião, indo de San Diego a Nova York, com uma parada em St. Louis. O tempo de duração do voo foi de 20 horas e 21 minutos - era um novo recorde transcontinental. Em 20 de maio, Lindbergh e o "Spirit of St. Louis" decolaram do campo Roosevelt, em Long Island, perto de Nova York, às 7:52 da manhã. Às 10:21 da noite do dia 21, 33 horas e 32 minutos depois de ter partido dos EUA, Charles Lindbergh pousou no Campo Le Bourget, próximo a Paris. Ele tinha voado mais de 5.700 km.
Esta história é contada no filme com a maestria habitual de Billy Wilder, um dos maiores diretores do cinema. E ainda que seja um ótimo filme, "Águia solitária" foi um fracasso comercial, por ser um filme caro produzido pela Warner. Billy Wilder revelou que não foi fácil colocar nas telas a emoção vivida pelo piloto durante a travessia e os momentos que a antecederam. Wilder considerou James Stewart velho demais para o papel.
A réplica do avião "The Spirit of St. Louis" construída para este filme está até hoje em exposição no Museu Henry Ford, em Michigan.
Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de melhores efeitos especiais.
Há uma interessante matéria de um cine jornal da época sobre o lançamento nos extras, mostrando a estreia do filme na qual marcaram presença inúmeras celebridades, como Charlon Heston, Gary Cooper, Robert Stack, James Garner, além do tradicional trailer.
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