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PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR - CRÍTICA


Bom...sou desses que amou Piratas do Caribe 3, Matrix Revolutions, Poderoso chefão 3, Duro de matar 3 e De volta para o futuro 3. Vou mais além, amo os 3 primeiros Piratas do Caribe com todas as minhas forças. Se você não me acompanha, sugiro navegar por outras águas misteriosas. Savvy? Mas se curtiu demais os três piratas do caribe e dormiu  no quarto, este novo Piratas do Caribe é seu filme. 

Mas primeiro, vamos olhar um pouco para o passado, para entender o futuro.

O projeto começou lá nos anos 90, com uma história comum de Piratas, mesmo que envolvesse o trio Turner, Swann e Sparrow.  A Disney quis colocar Matthew McConaughey no papel de Jack Sparrow porque ele se parecia com Burt Lancaster, que foi pirata em outras águas. 

Mas quando Jerry Bruckheimer entrou no projeto, ele achou a história muito normal. Depois de chegarem num roteiro mais sobrenatural, acrescentaram Gore Verbinski na salada. A trilha de Hans Zimmer/Klaus Badelt foi o tempero. Conseguiu criar temas inesquecíveis e que são entoados até hoje.


O filme estreou e foi um sucesso. Jack Sparrow foi o primeiro pirata gay num filme de tanto sucesso. Mesmo que, sua sexualidade tendesse para arrebatar corações femininos, seus trejeitos não escondem o que realmente queria ser. Alías, Sparrow é um personagem fantástico. Imprevisível, cheio de camadas, nuances, paixões reprimidas, olhares conquistadores e ao mesmo tempo, derrotados. Sparrow consegue navegar por dois mundos com personalidades a atitudes completamente diferentes. E causar..empatia com esta loucura, muitas vezes, normal.

Piratas concorreu a 5 Oscares (Depp inclusive como ator), Globos de ouro, Bafta e Screen Actors Guild (que ele levou como ator).

A produção bateu 650 milhões de dólares alavancado uma trilogia. O segundo filme bateu 1 Bilhão (e na época pré 3D, vejam só !!!) e o terceiro filme encostou no 1 Bi. em 2007. Era, aparentemente, o fim da jornada do pirata maluco, terminando inclusive, ambos filmes de forma trágica. Que moral hein? Lembrando que é um filme da Disney...
Verbinski pulou fora, mas emulou o próprio estilo, refazendo Jack Sparrow em Cavaleiro Solitário (2013) com o próprio Depp. Resultado: um fracasso comercial. O filme mal se pagou (só para constar, eu amei!). 

Johnny Depp, que era um ator memorável, começou a se viciar nos trejeitos de Sparrow, emendando filmes questionáveis (alguns fizeram sucesso, como Alice). Principalmente, ao lado de Tim Burton, criou tipos que pareciam variações da excentricidade de Sparrow. E no caso, como um pirata limitado que era, afundou a carreira do ator. Lembrando Frankenstein, a criatura destruiu o criador.


Em 2011, Depp voltou a campo com seu Sparrow. Agora dirigido por Rob Marshall, que fez Chicago (que tirou o Oscar da obra prima "O pianista"), Memórias de uma Gueixa e Nine (talvez o único filme fraco de Daniel Day Lewis). Parecia um tiro no pé. Mas o filme bateu 1 bi nas bilheterias, mostrando que havia fôlego para a franquia no cinema. A produção foi chata, quase sonolenta. Mas o 3D alavancou as cifras...E mesmo eu, fã do personagem , sofro para tentar gostar deste filme.

E aí, eis que surge Piratas do caribe: Homens mortos não contam histórias. O nome, bem mais apropriado, foi mudado para A vingança de Salazar, como se este não fosse mais um (grande) personagem na trama, como Davy Jones no segundo filme. Personagens trágicos e aventureiros fazem parte trama,que é colocada nos primeiros minutos: Salazar precisa da bússola de Sparrow para resolver problemas pessoais e acertar as contas com Jack ao passo que o filho de Will Turner (sim, eles fizeram um filho naquele dia que passaram em terra no final do terceiro filme) precisa de Jack para achar o tridente do Poseidon e findar a maldição do holandês voador e seus pais terem mais momentos de amor juntos.


Dito isto, o filme segue uma montanha russa divertida, com Sparrow, de certa forma, encarando o momento da carreira de Depp. Há por exemplo, uma diferença pontual entre as primeiras aparições de Jack Sparrow em todos os filmes. Nas outras, há glamour, ironia, narcisismo...neste, Jack surge depois de várias coisas acontecerem, e sem o menor interesse em ser o astro da cena, o que invariavelmente acontece devido a incrível presença de cena do ator.

Há sacadas geniais, como o final com o mar se abrindo. Há também mais do mesmo, mas isto não é ruim (alguém reclama que James Bond é mais do mesmo???). O filme tem uma fluência incrível. Joachim Rønning e  Espen Sandberg, os diretores norueguês de Expedição Kon Tiki (2012) se mostraram eficientes. A trilha, e para minha surpresa, assinada por Geoff Zanelli, respeita completamente a trilogia original, sem ficar criando novas coisas, como o novo recente tema da série Prison Break. Os atores fazem parte de um todo, e não são jogados na tela desnecessariamente como no quarto filme. O novo par romântico flui como o resto do filme.

Os efeitos, mais impressionantes que nunca, mas ao mesmo tempo, aproximando os vilões de cartoons, não tirando o foco de que, no fim, é uma produção disney. Interessante também que eles usam novamente o efeito de rejuvenescer um personagem (vide Leia Organa em Rogue One). E tal como foi com a personagem de Star Wars, este aqui causa aquela impressão de que o efeito é perfeito e estranho ao mesmo tempo.

O filme também leva para as telas a questão bem atual do empoderamento feminino. Afinal, a única que parece pensar no filme é Carina Smyth, vivida pela atriz Kaya Scodelario (que coincidentemente, também viu o Olimpo de perto em Fúria de titãs - 2010). Inclusive, ela é que guia o filme (e os piratas), e em um momento em particular, toma o leme para si, mostrando que uma mulher pode sim, resolver coisas que os homens não conseguem. 

Enfim, imperdível para os fãs. A turma que só reclama vai dizer isto ou aquilo, mas o filme parece ter sido feito para os fãs. 
Se você não é...o que está fazendo aqui lendo isto?? 
Se é...o que está fazendo aqui lendo isto? Corra para o cinema mais próximo...
Savvy?



Ahhhh...e tem cenas pós créditos, como de costume.
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