IMARA REIS - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS
Nossa vítima de hoje é Imara dos Reis Ferreira, conhecida como Imara Reis. Atriz com uma longa e bela estrada no teatro, cinema e TV. Começou a fazer teatro no Colégio Santa Marcelina. Formada em Letras (francês e português) pela Universidade Federal Fluminense, onde também fez Teatro, no Grupo Laboratório, juntamente com Tonico Pereira e José Carlos Gondim. Cursou a pós-graduação em Teatro pela Escola de Comunicação e Artes da USP.
O primeiro filme que eu assisti com ela foi "Flor do desejo", de Guilherme de Almeida Prado. E desde então, acho uma das mais belas atrizes que vi atuar.
Confira como foi nosso bate papo:
1) Como começou a trabalhar no meio artístico? Quando surgiu a primeira oportunidade de atuar?
I.R.: Sempre tive pendores artísticos, No Colégio Sta Marcelina (Rio) montei um grupo de Teatro; depois fiz parte de um coletivo que fazia curtas; na Faculdade onde também criei com uns amigos outro grupo, O Laboratório, tinha como um dos parceiros, atuando, o Tonico Pereira. Nesta época participei de um filme experimental "proibidíssimo" que ninguém sabe onde foi parar. Eram os anos 1970 e começava o curso de cinema na Universidade em que eu estudava, a Federal Fluminense. Foi o Tonico que me convidou para a minha primeira montagem profissional.
2) Qual experiência relacionada ao meio artístico foi mais marcante?
I.R.: A mais negativa: foi a proibição do Calabar, Ruy Guerra e Chico Buarque, que foi um marco da censura brasileira. Positivamente foram os inúmeros trabalhos como atriz.
3) Qual filme considera o melhor trabalho de sua carreira?
I.R.: Quanto ao melhor, não sei. De verdade e sem frescura. O que mudou minha vida na relação com o Cinema foi "Flor do desejo" do Guilherme de Almeida Prado.
M.V.: Aliás, gosta de filmes em geral? Costuma assistir regularmente? Pergunto, pois nem sempre quem atua no cinema/TV tem hábito de assistir filmes.
I.R.: Sou cinéfila compulsiva.
4) Coleciona filmes, CDs ou algo relacionado à 7ª arte ? Quem curte cinema costuma ter suas relíquias em casa...
I.R.: Não. Sou órfã de videolocadoras.
I.R.: Vários. O mais importante: Nós que nós amávamos tanto de Ettore Scola. Depois, O bebé de Rosemary do Polanski, Era uma vez na América, do Sergio Leone, Play time de Jacques Tati, Se todos os homens do mundo de Christian-Jaque e Depois da vida de Hirokazu Koreeda.
6) Fale um pouco dos seus próximos projetos. Tanto os que estão acontecendo quanto os previstos para começar.
I.R.: Não sei de todos ainda. Estou iniciando os estudos de uma peça Sonia, um ato para Tolstoi de Thiago Sogayar Bechara com direção da Pamela Duncan;
7) Para finalizar, se pudesse deixar uma lição do tempo que se dedicou a arte, qual seria?
I.R.: Pé quente, cabeça fria e amor no coração. O NÃO faz parte.
M.V.: A Como sempre digo. O "não" é resposta, e às vezes, abre diversas portas.
I.R.: Exatamente.
M.V.: Obrigado. Foi um grande prazer.