ESCOBAR: A TRAIÇÃO (2018) - FILM REVIEW
UM FILME DE FERNANDO LEON DE ARANOA
ESTRELANDO JAVIER BARDEM
SINOPSE
ESCOBAR: A TRAIÇÃO mostra a ascensão e queda do mais temido traficante do mundo, Pablo Escobar (Javier Bardem) e seu relacionamento perigoso com a jornalista mais famosa da Colômbia, Virginia Vallejo (Penélope Cruz), através de um reino de terror que dividiu o país.
SOBRE A PRODUÇÃO
Baseado no best-seller de Virginia Vallejo “Amando Pablo, Odiando a Escobar”, ESCOBAR: A TRAIÇÃO tem, como estrelas, Javier Bardem, como personagem título e Penélope Cruz, interpretando Vallejo, que foi ligada romanticamente a Escobar, eventualmente recebendo inúmeras ameaças de morte, após expor a corrupção do governo colombiano. Javier Bardem, que também é um dos produtores do filme, levou vários anos para montar o filme. “Desde 1998 me intrigo com o personagem Pablo Escobar, como pessoa. Pelos últimos 20 anos, me ofereceram vários papéis de Pablo Escobar, mas sempre os recusei porque nenhum passava de um estereótipo.
Pablo Escobar é infame por mudar a história do crime nas últimas décadas do século 20. O mais rico criminoso da história, tinha uma fortuna de cerca de 30 bilhões de dólares no começo dos anos 90 – o equivalente hoje a mais de 55 bilhões de dólares – era um dos homens mais ricos do mundo na época, conhecido como ´O Rei da Cocaína´. O carisma de Escobar e sua contagiante popularidade o impulsionaram para uma breve carreira na política na Colômbia, e seu cartel fornecia estimados 80% da cocaína contrabandeada para os Estados Unidos no auge de sua carreira, lhe rendendo cerca de 21.9 bilhões de dólares por ano de renda.
O reinado de Escobar no mundo das drogas na Colômbia acabou lançando o país latino em duas décadas de um redemoinho, com Escobar sendo um dos mais procurados fugitivos do mundo. Filho de um lavrador, chegou a ser a pessoa mais rica do mundo. Seu modo bruto de traficar drogas levou a morte de mais de 3 mil pessoas. É natural que tal personagem real tão dramático tenha inspirado tantos documentários, filmes e séries após sua morte, em dezembro de 1993.
UM NOVO OLHAR
ESCOBAR: A TRAIÇÃO começa quando Pablo Escobar já é um homem de negócios estabelecido”, diz Bardem, “Mas as pessoas ainda não se deram conta de como ele estava ganhando dinheiro. Ele conhece Virginia, e, através de seu relacionamento e da posição dela, ele rapidamente se torna uma figura pública com voz para o povo. As pessoas da Colômbia estão passando necessidade, e ele ganha o apoio delas. Ele quer mandar o país. Ele quer mudar as coisas, e algumas dessas coisas são boas para as pessoas. Mas tudo tem um motivo. Sempre tem algo egoísta por trás dessas ações, e as pessoas não percebem até que seja tarde demais. Aí que o filme começa, e a história é a das pessoas que estão ao redor dele, enquanto percebem que tipo de pessoa na qual ele se transformou”.
“Nossa abordagem para a história de Escobar é única”, diz León de Aranoa. “Li muita história, muitas notícias da época e arquivos não confidenciais. Virginia era muito próxima de Escobar, com acesso privilegiado a sua mente, seu jeito de ser, seu jeito de pensar e de se comportar. Acredito que em Virginia, Pablo encontrou uma confidente, uma pessoa muito próxima em quem confiar e alguém para quem podia confessar suas ideias e intenções mais íntimas, o que a transforma em uma personagem única e que dá a nossa história uma perspectiva nova.
PABLO E VIRGINIA
O mais notório traficante da história e uma ativa jornalista de atualidades, que no final se torna uma delatora da corrupção política formam um laço inesperado – um romance complicado, cheio de contradições.
Bardem diz “Nosso retrato de Pablo e Virginia está recheado de seres humanos, ao invés de estereótipos. Não escondemos seus lados monstruosos – não pedimos desculpa por ninguém. Tentamos entender a motivação por trás das ações de Pablo, e por que Virginia o apoiou no início. Acho que a dinâmica do relacionamento e os diferentes aspectos do amor deles são coisas com quais as pessoas podem se identificar”.
“Por isso o livro se chama Amando Pablo – porque é através dos olhos de Virginia, e dos olhos de quem amou Pablo, o ser humano. Nosso filme é sobre o que acontece quando essas pessoas acabam por descobrir que tipo de pessoa Pablo realmente era. O que distingue essa história de outras histórias sobre Pablo Escobar é o relacionamento com Virginia Vallejo, a jornalista que era sua amante... como sua união se torna algo mais do que físico, mas intelectual. Eles fizeram crescer um ao outro”.
Bardem continua, “Esse filme irá tocar o público no nível pessoal. Somos todos humanos, e ainda assim todos temos o potencial de nos tornarmos monstros como Escobar. O filme explora os relacionamentos que Pablo Escobar teve em sua vida, o que o humaniza para o público. Temos ótimas cenas de ação, mas na maior parte é uma história sobre relacionamentos – amor, ódio, cobiça, ambição, dor e prazer”.
ELENCO
ESCOBAR: A TRAIÇÃO reúne Bardem e Cruz, o poderoso casal espanhol, ganhadores do Oscar, nas telas pela primeira vez desde 2008, quando a dupla estrelou o filme Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen, filme que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para a atriz. Javier trouxe para casa o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel como um assassino psicopata no filme Onde os Fracos Não Tem Vez, dos irmãos Coen. Bardem e Cruz também apareceram juntos no filme de Ridley Scott O Conselheiro do Crime e tiveram sua estreia ainda jovens contracenando em Jamón, Jamón, de Bigas Luna, em 1992.
Bardem revela: “Quando li o livro de Virginia pela primeira vez, imaginei Penelope como a escolha perfeita para o papel, porque sabia que ela conseguiria transparecer essa energia muito específica e trazer para as telas. Trabalhar com Penélope é maravilhoso. Ela é uma atriz incrível e sempre podemos nos desafiar a ir mais longe, mais fundo, maior ou menor. Podemos perceber um olhar ou uma palavra aqui ou ali. Sabemos como brincar um com o outro e tentar coisas diferentes. Essa confiança que temos um no outro é uma coisa ótima”.
O diretor e roteirista León de Aranoa estava encantado de trabalhar com Cruz. “Não estou surpreso, porque sempre achei ela uma atriz extraordinária. E, de fato, queria trabalhar com ela tem tempo... e finalmente aconteceu nesse filme. Ela é ideal para o papel, e não consigo pensar em mais ninguém que poderia ter feito melhor. Amei o processo dela. Sempre fascinante e espetacular como cada tomada era melhor que a última, e Penélope de alguma maneira encontrou uma maneira de retratar Virginia como uma mistura de fragilidade e uma força única. Enquanto ela é uma vítima, ela entrou no mundo de Escobar por vontade própria, sem ser forçada. Acho que com a personagem, Penelope conseguiu encontrar o ponto certo de lucidez e uma intensidade explícita.
Embora ESCOBAR: A TRAIÇÃO marque a terceira vez que Bardem e Cruz trabalham juntos, “Essa é a primeira vez que efetivamente trabalhamos juntos como um casal”, Cruz explica. “As coisas são diferentes, mas foi fácil e leve, embora sabíamos que o material fosse muito pesado”.
Cruz diz: “Javier interpreta Escobar de uma maneira magnífica, brilhante. Ele tinha de mostrar o carisma que Pablo Escobar tinha, assim como seu lado mal, que obviamente estava ali. Ele teve de mostrar muitas cores, e ele o fez de uma maneira na qual você não vê clichês nenhum, em lugar algum. É difícil saber para onde ele vai, qual a próxima curva. É uma performance que é cheia de surpresas”.
O diretor León de Aranoa empresta sua perspectiva: “De muitas maneiras, encontrei o mesmo ator com quem trabalhei 15 anos atrás. O comprometimento de Javier com o filme é louvável, por seu interesse e entusiasmo de dar tudo de si em cada tomada. A composição do personagem foi extraordinária. Sua experiência como ator e seus recursos e talento estavam aparentes mesmo nos primeiros testes de maquiagem e figurino – era impossível não ver o personagem – seu jeito de se comportar, seu movimento, seu jeito de falar, sua respiração... e isso antes mesmo de começar a primeira linha de diálogo”.
JAVIER BARDEM COMO PABLO ESCOBAR
Embora ele certamente não foi o primeiro ator a passar por uma grande preparação para um papel, especialmente um personagem o qual o público já tem um entendimento pré-existente do visual e dos maneirismos, Bardem encarou a responsabilidade com muita seriedade. “Para se preparar para interpretar Pablo Escobar, são duas as coisas a se considerar. Um é o aspecto físico e a voz, o ritmo, o personagem – aqueles traços da personalidade que precisam estar ali. E também estava muito intrigado, bem cedo, com o ritmo de Escobar – o jeito com que ele se movia, como falava e o jeito que se parecia... seu olhos, sua voz”.
“O animal favorito de Escobar era o hipopótamo, que é o animal mais brutal de toda a África”, explica Bardem. “Sempre me interessei por isso. Penso no ritmo do hipopótamo. O vemos andando, e ele é devagar. Não parece um animal feroz – mas ele é um matador. E essa é a razão de ser o animal favorito de Pablo, porque ele era assim também. Ele era alguém que parecia ameaçador. Ele se movia devagar, mas podia se tornar rapidamente em um monstro. Esse era o aspecto físico de sua energia. Eu estava muito interessado em mergulhar no interior de Pablo, seu íntimo, e aprender de onde esse comportamento vinha”.
Era a noção da dualidade da humanidade, da capacidade das pessoas de identificar tanto o pecador quanto o salvador, que fascinou Bardem sobre esse personagem. O ator diz: “Eu queria explorar sua noção de bem e mal existindo no mesmo corpo – o balanço entre o mostro e a pessoa, e onde a cobiça te leva. O que estava passando por dentro da mente de Escobar, que o permitia fazer tanto mal, mas ao mesmo tempo, ele era muito amável e cuidador de sua família, de seus amigos, de seu povo”.
PENELOPE CRUZ COMO VIRGINIA VALLEJO
Penelope Cruz discute o processo de canalizar Virginia Vallejo, a jornalista, socialite e personalidade da mídia colombiana que estava romanticamente ligada com Escobar por cinco anos. Vallejo, que está viva e bem, e atualmente mora em Miami, recebem inúmeras ameaças de morte depois de acusar diversos presidentes e políticos colombianos de serem beneficiários e cúmplices dos cartéis de traficantes de cocaína colombianos. Logo após ter recebido asilo, que a permitiu viver nos Estados Unidos depois da DEA (agência antidrogas norte-americana) a tirar da Colômbia em um voo secreto, para salvar sua vida em troca de cooperação com o departamento de justiça. “Eu nunca a conheci”, diz Cruz. “Mas eu estudei cerca de 800 horas de várias entrevistas e shows que ela fez como jornalista e apresentadora. Ela foi quem ensinou Escobar a usar a mídia para se comunicar, como lidar com a imprensa, como se endereçar ao público. Em sua carreira política, ela se tornou uma figura significativa em sua vida”.
Cruz explica que o extenso arquivo de aparições nas telas de Vallejo é inestimável. “Assistindo e ouvindo a ela, me expôs como ela via o mundo. É incrível quando você está se preparando para um personagem, e você encontra online horas e horas de material daquela pessoa falando sobre sua vida – seus sentimentos, a maneira com que enxerga o futuro, seu passado, o que aconteceu, sua experiência. É uma ferramenta incrível de se ter quando se está criando uma personagem”.
Cruz diz: “Virginia ajudou Pablo a descobrir o poder que ele poderia ter sobre as pessoas da Colômbia”. Bardem diz sobre a influência de Vallejo na vida de Escobar: “Ela o ensinou como falar em público. Ela o ensinou como manipular suas palavras para atrair atenção e apoio público para ele, o que resultou em mais e mais poder. Ela estava lá desde quando ambos tinham trinta e poucos anos, e ele estava no começo de sua carreira política. Ela não compreendia totalmente no que estava se metendo”.
ASSUNTOS
“Um dos assuntos com os quais estamos trabalhando aqui é o que a palavra “suficiente” significa”, explica Bardem. “Suficiente ao tentar atingir um certo nível, suficiente ao querer ter mais, querer ser melhor, maior, mais forte, e que tipo de efeito isso tem na mente de uma pessoa quando nunca é o suficiente. Nada era o suficiente para Pablo. Escobar sempre queria mais, e ele tinha todos os recursos e ferramentas para se tornar mais forte, mais poderoso. Isso eventualmente termina por destruir a mente de uma pessoa”.
“Tem um momento no filme onde Pablo perde a perspectiva do que é certo e o que é errado. Essa foi a mais difícil parte de interpretar por que você tem que estar em um lugar onde não podem te dizer nada: o que fazer, quem é você, como atuar, ou o que pensar. Foi muito sensível como ator para estar nesse lugar por tanto tempo. Mas foi recompensador no sentido de que uma vez que tudo acaba, você se solta. Vai para casa, e você não é aquela pessoa. Quando interpretamos personagens, podemos entender quem somos por quem interpretamos. Os personagens sempre colocam um espelho em frente de nós, e conseguimos ver partes diferentes de nós mesmos”.
Bardem explica que o filme também explora o medo. “Medo – como deixa a pessoas de joelho, incapazes de falar a verdade para alguém como Pablo. E por isso podemos nos identificar com essa história, porque somos todos controlados e manipulados, e lutamos para confrontar esse poder, no olho da cobiça. Então essa pessoa ganha ainda mais poder, que amedronta os outros”.
Respondendo às críticas comuns contra narrativas sobre criminosos famosos e representações de bem sucedidas porém brutais quadrilhas, Cruz diz: “Para mim, foi importante que esse filme não glamorizou o mundo de um traficante. Acho que algumas das cenas vão deixar você com dor no estômago. Acho que o filme alcançou esse objetivo”.
“Tomo cuidado ao escolher filmes que tem violência. Acho que tem que mostrar um tipo de violência que reflete o que a violência é, violência tem que machucar e ter consequências”, explica Cruz. “Quando se toca em um assunto como esse, tem uma responsabilidade que vem junto. Isso não é uma celebração de Escobar, não é algo que glamouriza esse mundo. Eu queria que a dor fosse real. Tem que ter verdade nela”.
A VISÃO DE FERNANDO LEÓN DE ARANOA
ESCOBAR: A TRAIÇÃO marca o terceiro trabalho conjunto de Bardem com o diretor Fernando León de Aranoa, a quem o ator descreve como “um grande amigo e um incrível escritor. Falamos sobre fazer um projeto sobre Escobar juntos por muitos anos, e finalmente, aconteceu. Ele escreveu o roteiro, baseado no livro de Virginia, e fez um trabalho incrível”.
Bardem continua: “Fernando é um grande diretor e a equipe que ele trouxe é de primeira. Ele fez sua lição de casa, incluindo conhecer a história da vida de Escobar de A a Z. E, assim que começamos a filmar, estávamos trabalhando a toque de caixa. Foram filmagens relativamente curtas para esse tipo de filme. Então tínhamos que ir rápido, e mesmo assim muito focados e intensos. Ele era muito bom em enquadramento e alinhamento das tomadas, então não tínhamos que nos preocupar com nada além de nossos personagens e nosso trabalho como atores”.
Cruz compartilha: “Sempre quis trabalhar com Fernando. Admiro seu trabalho há muito tempo. Eu amo Segunda-Feira ao Sol e muitos outros dos seus filmes. Quase trabalhamos juntos algumas vezes, mas não deu certo por conta da nossa agenda, e, finalmente, fizemos isso juntos, e ele é tão incrível em cada departamento, mas ele ama os atores. Ele cria algo especial para os atores, e tem muito respeito por esse processo”.
“Acredito que é incomum que atores e diretores tenham um relacionamento que dure tanto tempo quanto o de Javier e Fernando”, observa Sarsgaard. “Para mim, se Javier quer trabalhar como ele pela terceira vez depois de fazer aquele ótimo filme juntos, obviamente ele vai ser um incrível colaborador”.
Sarsgaard reflete sobre o processo do diretor: “Muitos diretores te darão muita liberdade, mas aqueles que te dão muita liberdade geralmente não te dão nenhuma guia real. Fernando tem uma maneira única de lhe dar muita liberdade, talvez ainda a sensação de ter ainda mais, mas te dá pequenas dicas que meio que te ajudam a ficar no memento e no filme que ele está tentando fazer. Fernando sabe o que quer e o que precisa de você. Ele deixa tudo mais fácil. Esse projeto nas mãos de outro talvez fosse muito mais difícil”.
FILMANDO NA COLÔMBIA
Uma coprodução entre as indústrias do cinema da Espanha e da Bulgária, ESCOBAR – A TRAIÇÃO foi filmado totalmente in loco na Colômbia, começando no final de 2016.
O diretor e roteirista Fernando León de Aranoa diz: “Era inevitável que filmássemos essa história na Colômbia. Muitos dos cenários que encontramos no país eram incríveis, notavelmente porque nosso designer de produção tinha pouquíssimo tempo para preparar algumas das grandes cenas, então somos gratos pela oportunidade de podermos filmar em alguns dos lugares reais. Foi único para os atores conhecer os lugares onde tudo aconteceu. Em vários casos, visitamos os lugares reais e depois os recriamos em algum outro lugar do país. O filme se beneficiou muito da imersão, conhecimento local e conhecimento da nossa equipe colombiana.
“Fernando, Penelope e eu tivemos muita sorte de filmar na Colômbia. O local nos permitiu nos imergir profundamente nessa história, e significou muito estar nos lugares históricos onde esses eventos ocorreram”, adiciona Bardem. “Igualmente importante, tivemos o privilégio e a honra de trabalhar com uma equipe fantástica e atores da Colômbia que são incríveis, simpáticos e talentosos. Eles trouxeram sabor e autenticidade para o filme, o que foi único, e nos imergiram no estado de espírito colombiano, no sotaque, na cultura. Foi inspirador estar cercado pelos locais e trabalhar com eles”.
Cruz completa: “Foi vital para nós passar tempo na Colômbia, para sempre ouvir o sotaque, o qual estávamos sempre praticando. Poder ver alguns daqueles lugares, para conhecer as pessoas que conheciam Virgínia e os outros personagens. Eu estava, sabe, indo para lá e pra cá perguntando sobre todos eles. Foi incrível”.
“Colômbia é um daqueles lugares do mundo o qual as pessoas deveriam fazer um favor a si mesmas e visitar”, diz Sarsgaard. “Tenho um parente que trabalhou para o Governo e estava envolvido na Colômbia durante a época que essa história acontece, e eu ouvi muito dele, então, de um jeito, esse país estava “mitologicamente” fixo na minha família. Tanto que se queria saber como era Bogotá, como as pessoas do local realmente eram, ao invés de através das histórias, ver como realmente é, porque muitos tem uma ideia errada”.
SOBRE OS PRODUTORES
SOBRE OS PRODUTORES
FERNANDO LEÓN DE ARANOA (Diretor / Roteirista)
Fernando León de Aranoa ficou conhecido com o lançamento do seu aclamado filme Segunda-Feira ao Sol, estrelado por Javier Bardem, que foi premiado no Goya Awards de 2002, ganhando cinco prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. O filme triunfou no San Sebastian Film Festival, ganhando o Golden Shell de Melhor Filme. A Academia Espanhola de Arte e Cinema selecionou o filme para representar a Espanha no Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Ainda muito jovem, Léon de Aranoa focou seus estudos em artes, literatura e escrita. Foi durante seus estudos que seu interesse por cinema se despertou. Ele começou a escrever curtas, ganhando prêmios por suas narrativas. Enquanto isso, ele tinha um emprego desenhando para uma agência de publicidade, mas pediu as contas para perseguir uma carreira como roteirista. Com ajuda de sua literatura e professores de escrita, ele conseguiu um emprego escrevendo roteiros para televisão. Ele se envolveu com filmes pela primeira vez como roteirista em três filmes dirigidos por Antonio Del Real. León de Aranoa então fez a transição para diretor, produzindo o curta Sirenas, de 1994, que recebeu vários prêmios.
Seu primeiro longa foi Segredos em Família, de 1995, para o qual também escreveu o roteiro. León ganhou o Goya Award por Melhor Diretor Estreante, assim como o Audience Award e Special Mention do FIPRESCI no Valladolid SEMINCI Festival. O roteiro depois foi adaptado para os palcos em vários países.
Depois, em 1998, ele escreveu e dirigiu Nos Guetos de Madri, um retrato das vidas de três jovens de uma favela, que ganhou Goya Awards por Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original. O filme foi apresentado na seção oficial do San Sebastian Festival, onde León de Aranoa ganhou o Silver Shell de Melhor Diretor. O filme foi agraciado com outros grandes prêmios como o FIPRESCI, o Fotogramas de Plata Award de Melhor Filme Espanhol, o prêmio José María Forqué, o Sant Jordi e o Turia Award.
Depois de Segunda-Feira ao Sol, seu quarto filme como diretor e roteirista, Princesas, marcou sua estreia como produtor, depois de abrir sua própria companhia de produção, a Reposado. Princesas ganhou três prêmios Goya – Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Música Original, composta por Manu Chao. O Ondas Awards agraciou o Princesas com o Prêmio de Filme do Ano e Melhor Elenco. O filme também fez parte da seleção oficial do festival de Sundance.
Como diretor de documentário, León de Aranoa dirigiu o filme mexicano Caminantes, de 2001, que ganhou prêmios nos festivais de Havana, Los Angeles, Nova Iorque e Alcalá de Henares. Em 2007, ele participou do documentário Invisibles, dirigindo o capítulo Buenas Noches Ouma. Esse documentário também incluiu a participação dos diretores Mariano Barroso, Isabel Coixet, Wim Wenders e Javier Corcuera, e recebeu o Prêmio Goya de Melhor Documentário. Também, em 194, ele colaborou na direção de Izbieglize, e em 2000 ele escreveu o roteiro para o documentário The Back of the World.
Em 2005, seu filme Um Dia Perfeito foi selecionado para ser exibido na seção Director´s Fortnight do Festival de Cinema de Cannes.
Além de escrever seus próprios filmes, León de Aranoa foi roteirista de outros diretores, ele escreveu os roteiros de Crazy Heart e Fausto 5.0. Ele publicou diversas histórias curtas premiadas, e trabalhou como cartunista e ilustrador.
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