PAVOR NOS BASTIDORES (1950) - FILM REVIEW
Hoje vamos falar um pouco de clássico marcante dos anos 50. Mas não há como falar da criatura, sem falar do criador: Hitchcock. Ele, o cientista, levou sua carreira de forma minuciosa, sempre experimentando as mais diversas formas de linguagens cinematográficas, criando diversos monstros em sua filmografia.
Dr. Jekyll
Alfred Joseph Hitchcock foi um cineasta inglês, uma das mais importantes personalidades do cinema de mistério e intriga, sendo chamado de “Mestre do Suspense”. Ele nasceu no bairro de Leytonstone, no Nordeste de Londres, Inglaterra, no dia 13 de agosto de 1899. Filho de William Hitchcock e Emma Jane Wehlan, donos de um comércio de frutas e verduras, recebeu de seu pai uma educação rígida e repressiva que marcou profundamente a formação de seu caráter e de sua personalidade.
A família se mudou para Stepney em 1908 e Hitchcock ingressou no St. Ignatius College, fundado pelos jesuítas, em 1894 e especialmente conhecido pelo rigor em sua disciplina. Em seu primeiro ano se destacou por sua aplicação e recebeu menção honrosa, conquistando excelente em latim, francês, inglês e formação religiosa. Nos últimos anos, se comportava com ironia e fazia travessuras na companhia dos colegas. Ainda na escola, Hitchcock visitava o Museu Negro da Scotland Yard para contemplar as coleções de relíquias criminais e o Tribunal do Crime de Londres, onde assistia a julgamento de assassinos e anotava tudo. Ele falava dessa época com amargura, dizia: “Eu me sentia aterrorizado pela polícia, pelos jesuítas e pelas punições, mas essas são as raízes do meu trabalho”.
Aos 14 anos, deixou o colégio e começou a estudar Engenharia na School of Engineering and Anavigation e em seguida cursou desenho na Escola de Belas Artes da Universidade de Londres. Ao mesmo tempo ajudava seus pais no comércio. Nessa época descobriu um novo passatempo, o cinema, que estava se impondo como uma das atividades lúdicas mais importantes de Londres. Desde os 16 anos, lia com avidez as revistas de cinema e não perdia os filmes de Chaplin, Buster Keaton, Douglas Fairbanks e Mary Pickford.
Com a morte de seu pai (isto em 1914) e com o início da Primeira Guerra, teve que voltar para Leytonstone, onde começou a trabalhar nas oficinas da Henley Telegraph and Cable Company. Foi liberado do recrutamento graças a seu trabalho na companhia que colaborava com a guerra e também por sua obesidade. Descontente com o serviço logo foi transferido para o departamento de publicidade. Em 1920, com 21 anos, ao saber da instalação de uma companhia cinematográfica norte-americana em Londres, a Famous Players-Lasky, reuniu alguns croquis de decoração que havia desenhado para filmes mudos, se apresentou na companhia e ganhou o emprego. Trabalhou como letrista e depois na preparação de cenários e pequenos diálogos em novos filmes, sob a direção de Georges Fitz, que também lhe ensinou técnicas de filmagem.
Em 1923 atuou na codireção do filme “Always Tell Your Wife” e colaborou no filme “Mrs. Peabody”, que foram suas primeiras experiências cinematográficas. Nos estúdios, conheceu Alma Reville e logo estavam trabalhando juntos na produtora Gainsbouroug Pictures. Em 1925 teve suas primeiras oportunidades como diretor com “The Pleasure Garden”, The “Mountain Eagle” e “The Lodger: A Story of the London Fog” que foi o seu ingresso no suspense. Os filmes foram sucesso de público e crítica. Neles, Hitchcock aparecia entre os figurantes sem ser incluído no roteiro, o que mais tarde virou rotina do cineasta.
Se casou com Alma em 1926 e passaram a residir em Cromwell Road, Londres. Em 1927 dirigiu “The Ring” e logo conquistou fama internacional. Em 1928 rodou seus últimos filmes mudos “The Farmer’s Wiffe, Champagne” e “The Maxman”. Em 1929 estreou com seu primeiro filme sonoro “Blackmail”. O sucesso de seus filmes chamou a atenção dos produtores de Hollywood e em 1939 mudou-se para os Estados Unidos.
A estreia de Alfred Hitchcock em Hollywood foi com o filme “Rebeca, A Mulher Inesquecível” (1940), que recebeu o Oscar de Melhor Filme (1941) e de Melhor Fotografia Preto e Branco (1941). Dirigindo um filme por ano, se tornou um dos mais importantes cineastas do cinema de mistério e intriga, com um domínio excepcional das técnicas cinematográficas. Em 1980 recebeu a Ordem do Império Britânico das mãos da Rainha Elizabeth II. Alfred Hitchcock faleceu em Los Angeles, Estados Unidos, no dia 29 de abril de 1980.
Mr. Hyde
Quando se trata de escolher um filme favorito de Alfred Hitchcock, os amantes do cinema geralmente têm dificuldade em restringir suas escolhas a um filme, mas você raramente ouvirá o Pavor nos bastidores (1950) mencionado como um dos favoritos. É uma pena, porque é um dos filmes mais subestimados e mal interpretados do diretor. Parte do problema é o título, que parece prometer um thriller de suspense. Mas apesar dos elementos de mistério, o filme é na verdade sobre a profissão de ator, um assunto que Hitchcock ficou fascinado em sua juventude.
Produzido e dirigido pelo diretor, "Pavor nos Bastidores" é mais uma aula interessante do mestre, ainda que seja um filme considerado "menor", até mesmo pelo diretor. Os diálogos são espertos e uma reviravolta de deixar o telespectador, no mínimo, com raiva de não ter percebido nada. O filme conta com uma excelente fotografia de Wilkie Cooper, que tem uma marcante carreira, fazendo diversos filmes, por exemplo, de outro monstro, Ray Harryhausen.
Os toques de humor e o elenco são motivos suficientes para apreciar o filme sem moderação. Repleto de talentos ingleses, brilha mais ainda a estrela alemã de Marlene Dietrich. Mesmo com menos tempo em tela que Jane Wyman, a atriz não precisa de muito para mostrar porque é uma das grandes estrelas do cinema.
Alfred não dispensou seu habitual cameo. Em sua tradicional aparição, ele interpreta um espectador na rua que olha para Jane Wyman.
Os críticos detonaram a produção por conta do seu plot twist, demostrando claramente que Hitch era mesmo um realizador bem a frente do seu tempo.
A Classicline lançou este filme do mestre do suspense, que pode ser adquirido clicando no nome da empresa acima, e não deixem de seguir eles nas redes socais, para ficarem sabendo das recorrentes promoções bem convidativas.
Quando se trata de escolher um filme favorito de Alfred Hitchcock, os amantes do cinema geralmente têm dificuldade em restringir suas escolhas a um filme, mas você raramente ouvirá o Pavor nos bastidores (1950) mencionado como um dos favoritos. É uma pena, porque é um dos filmes mais subestimados e mal interpretados do diretor. Parte do problema é o título, que parece prometer um thriller de suspense. Mas apesar dos elementos de mistério, o filme é na verdade sobre a profissão de ator, um assunto que Hitchcock ficou fascinado em sua juventude.
Produzido e dirigido pelo diretor, "Pavor nos Bastidores" é mais uma aula interessante do mestre, ainda que seja um filme considerado "menor", até mesmo pelo diretor. Os diálogos são espertos e uma reviravolta de deixar o telespectador, no mínimo, com raiva de não ter percebido nada. O filme conta com uma excelente fotografia de Wilkie Cooper, que tem uma marcante carreira, fazendo diversos filmes, por exemplo, de outro monstro, Ray Harryhausen.
Os toques de humor e o elenco são motivos suficientes para apreciar o filme sem moderação. Repleto de talentos ingleses, brilha mais ainda a estrela alemã de Marlene Dietrich. Mesmo com menos tempo em tela que Jane Wyman, a atriz não precisa de muito para mostrar porque é uma das grandes estrelas do cinema.
Alfred não dispensou seu habitual cameo. Em sua tradicional aparição, ele interpreta um espectador na rua que olha para Jane Wyman.
Os críticos detonaram a produção por conta do seu plot twist, demostrando claramente que Hitch era mesmo um realizador bem a frente do seu tempo.
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🎬 Pavor nos bastidores (1950)
Título original: Stage Fright
Direção: Alfred Hitchcock
Com: Marlene Dietrich, Jane Wyman, Richard Todd
A história gira em torno de Eve Gill (Jane Wyman), uma aspirante a atriz que subitamente é jogada no meio de uma trama de assassinato, na qual seu papel é ajudar o amigo Jonathan (Richard Todd), que se diz acusado erroneamente de um assassinato. Por estar apaixonada por ele, ela chega até mesmo a se disfarçar de empregada para seguir de perto a maior suspeita de ter cometido o crime: a grande atriz Charlotte Inwood (Marlene Dietrich).