DIEGO FREITAS - RESPONDE ÀS 10 PERGUNTAS CAPITAIS
Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto incrível. São apenas 7 perguntas, mas que fornecem um pequeno mosaico da carreira e paixão do entreviado (a) pelo cinema.
E hoje, com vocês, o cineasta Diego Freitas
1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS que faziam parte do nosso cotidiano. Você é um apaixonado por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.
D.F.: Cresci numa cidade pequena e meus pais não tinham nenhuma ligação com cultura ou arte. A TV aberta foi o meu primeiro contato com o cinema e o inicio da minha paixão. Seguido pela locadora e por fim à sala cinema - principalmente depois que me mudei para São Paulo, aos 18 anos de idade.
2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga qual o filme mais importante da sua vida.
D.F.: Matrix. Sem dúvida alguma.
M.V.: E há uma razão para a produção que citar ser destacada?
D.F.: Depois de assistir na Matrix na TV com 12 anos de idade decidi que queria fazer filmes. Mexeu comigo de todas as formas.
3) Você diretor de um dos mais interessantes filmes nacionais de horror dos últimos tempos. Certamente sofreu uma carga de elogios unânimes. Sendo ele seu primeiro longa metragem, acha que este efeito positivo demais causado pelo filme pode, de certa forma, colocar um peso maior nas suas costas, gerando uma grande expectativa para a próxima produção?
D.F.: Algo como aconteceu com M.Night Shyamalan, que realizou Sexto Sentido e foi aquele estrondoso sucesso de público e crítica, e todos ficaram pensando: "- E agora? Qual será o próximo filme. Ele vai acertar de novo?". E ele acabou vitimado pelo efeito da necessidade de plot twist em toda sua obra.
Eu acabei de rodar um curta-metragem novo "A volta para casa", com Lima Duarte. Um drama sobre velhice, bem diferente do Davi. Também assino a produção e montagem de um longa chamado "O novelo" que sai ano que vem. Eu sempre gosto de me reinventar, tentar algo novo e que me desafie. Amo filmes originais e que provoquem sensações, que não fiquemos indiferentes. Adoro o trabalho do Shyamalan e me identifico com sua busca por sempre surpreender o público. Adoro ser surpreendido!
4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Lembra-se de alguma história legal que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar conosco? Alguma história de bastidores, por exemplo...
D.F.: Nicolas desmaiou fazendo uma cena do Davi. Ele tinha que estrangular um garoto numa explosão de raiva - mas antes disso, ele caiu duro no chão. Achei que ele tinha morrido. De repente ele se levanta e continua dando o texto de onde havia parado. Fiquei com um mix de preocupação e ódio dele..(risos).
5) Se pudesse, por um dia, ser um diretor(a) dos (as) mais famosos (as) do cinema, e através deste dia, ver pelos olhos dele (a), uma obra prima sendo realizada, qual seria o diretor (a) e o filme?
D.F.: Matrix!
6) Agora voltando à sua área de atuação. Qual trabalho realizado você ficou profundamente orgulhoso? E em contrapartida, o que você mais se arrependeu de fazer?
D.F.: Meu maior orgulho é O Segredo de Davi! Nunca me arrependi de nada. Tudo é importante! Somos resultado dos nossos fracassos e vitórias.
7) E para finalizar, deixe uma frase famosa do cinema que te represente.
D.F.: Wake up Neo!
M.V.: Obrigado amigo. Sucesso para você.