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MIKIO NARUSE - 10 FILMES ESSENCIAIS

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Akira Kurosawa se referiu ao estilo de melodrama de Naruse como "como um grande rio com uma superfície calma e uma corrente furiosa em suas profundezas".

Os filmes de Naruse contêm roteiros simples, com diálogo mínimo, trabalho discreto de câmera e design de produção. Seus protagonistas eram geralmente mulheres e seus estudos da experiência feminina abrangeram uma ampla gama de meios sociais, profissões e situações. Naruse filmou economicamente, usando técnicas de economia de dinheiro e tempo que outros diretores evitavam como filmar cada ator entregando suas linhas de diálogo separadamente e depois juntá-las em ordem cronológica na pós-produção (isso reduzia a quantidade de filme desperdiçado a cada retomada e permitiu que uma cena de diálogo fosse filmada com uma única câmera).

Um  figura amorosa e romântica, Naruse passou por um período de grave depressão com o rompimento do seu casamento com sua esposa Sachiko Chiba. Ficaram casados 3 anos, tiveram um filho e ela estrelou três dos seus mais de 80 filmes. Isto foi no período da segunda guerra e o abalou bastante.

Talvez por isto, tenha falecido aos 63 anos com um acumulo de pessimismo dentro e fora de sua arte.

Vamos aos seus 10 filmes essenciais:

Uma mãe solteira trabalha incansavelmente em um bar em Ginza para garantir uma vida melhor para seu filho. Um dia seu ex-marido, que havia abandonado a casa, retorna prometendo cuidar da esposa e da criança. Porém, sua presença apenas complica a situação, neste estudo atmosférico da vida das classes baixas nos arredores das docas de Tóquio. 


Uma jovem atinge a maturidade e anseia por conhecer o pai. Sua mãe envenenou sua mente sobre o homem que a deixou por outra mulher. Pela cultura, ela precisa do pai para intermediá-la em um relacionamento. Mas em um momento de ternura eles se vêem pela primeira vez. Ela descobre que o homem não é como lhe foi dito, nem a mulher, sua mãe. 


Como é a vida de uma gueixa quando sua beleza desapareceu e ela se aposentou? Okin guardou seus ganhos e tornou-se agiota, passando os dias a cobrar friamente os juros das quantias que empresta. Mesmo suas melhores amigas, ex-gueixas como ela - Otomi, Tamae e Nobu, devem-lhe dinheiro. Para todas elas, o glamour de suas vidas já passou e agora o problema é garantir o sustento nos difíceis tempos do pós-guerra. Seus filhos e amantes não aliviam a dureza de suas vidas.


Uma história de amor e desamor, que se desenrola ao longo de vários anos, com os encontros, desencontros e reencontros entre uma mulher e o seu amante. Nuvens Flutuantes é ambientado na dissolução da sociedade japonesa após a guerra. Yukiko vagueia, figurativa e literalmente, através de uma Tóquio devastada em busca de condições de vida e conforto. Entretanto, ela é constantemente manipulada por homens e obrigada a se submeter às suas manipulações quando é incapaz de se sustentar.


Setsuko Hara interpreta Fumiko, cujo casamento mal sucedido a tornou cada vez mais cínica. Fumiko está estagnada num relacionamento de quatro anos com Ryotaro. Eles são incapazes de concordar com alguma coisa ao fazer planos. Até que Fumiko resolve experimentar outras coisas na vida.  Enquanto isso, um novo casal, cujo casamento é igualmente desagradável, se muda para a porta ao lado. Os dois casais criam um vínculo muito íntimo que pode arruinar os dois casamentos, mas todo mundo parece estar ciente e ninguém se importa.


O filme narra a história de Rika, uma viúva que, através de uma agência de empregos, consegue um trabalho como empregada doméstica em uma casa de gueixas em um bairro boêmio em Tóquio. Otsuta, a orgulhosa dona do local, luta todos os dias para manter o estabelecimento diante das dívidas que se acumulam e salvá-lo de se tornar uma lanchonete ou um bordel. Através dos olhos de Rika, conhecemos todas as gueixas, que bebem e brigam, se preocupam com a falta de clientes e tentam sobreviver perante a iminente extinção de sua profissão. 


Keiko Yashiro (Takamine), jovem víuva, conhecida como Mama,  leva para frente um clube no bairro boêmio de Ginza. Os negócios se tornam difíceis com a concorrência de uma mulher que trabalhara para ela e que conquista a maior parte de seus clientes. Mama não desiste, no entanto. Sua ideia é de montar um novo bar. Enquanto isso, a jovem que fora sua concorrente lhe afirma que se encontra cheia de dívidas e pouco tempo depois se suicida. O rico homem que propõe a Mama seu próprio negócio é o mesmo que pressionara a jovem morta com as dívidas, e ela recusa. Sendo corteja por Keiko (Katô), um gentil homem que lhe propõe casamento, Mama parece disposta a aceitá-lo, mas logo descobre que ele é casado e aplica com freqüência esse golpe para seduzir várias mulheres solitárias. 


O garoto Hideo deixa o interior do Japão com a mãe, que vai tentar a vida em Tokyo onde tem um emprego garantido. A mãe de Hideo o abandona para viver com um homem, e o menino tem de se virar com essa nova situação, vivendo na casa dos tios e trabalhando para eles.


Apenas seis meses após se casar, Reiko fica viúva durante a guerra. Praticamente sozinha, reconstrói a loja de bebidas da família do marido, destruída durante um bombardeio. Dezoito anos depois, ela luta para manter a loja diante da concorrência esmagadora de um novo supermercado na mesma rua. Suas cunhadas tentam a todo custo se livrar dela, casando-a. Reiko ainda assume pra si a tarefa de tomar conta do seu cunhado Koji, onze anos mais novo, que largou o emprego e vive a jogar, beber e se meter em brigas, mas que mantém um profundo respeito por ela. Até que Koji confessa a Reiko que a ama.


Yumiko, a jovem esposa de um funcionário do Governo, está grávida pela primeira vez. Ela e Hiroshi, o marido, planeiam mudar-se para os Estados Unidos, mas os planos são destruídos quando, poucos dias antes da viagem, ele é atropelado por um carro e morre. No julgamento, o motorista envolvido no acidente é inocentado e liberto da obrigação de pagar qualquer tipo de indenização à viúva, mas para se livrar do peso da culpa que massacra a consciência, resolve ajudá-la com uma quantia mensal. A partir de um acontecimento trágico as duas almas unem-se nesse pacto involuntário, criado, de um lado pelo instinto de sobrevivência e do outro pela tentativa de redenção.
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