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10 PRODUÇÕES QUE MOVIMENTARAM O ANO DE 2021

O ano de 2021 foi de reconexão do cinema com o público. Um relacionamento que teve dois anos bem turbulentos. O post de hoje é uma celebração. A lista será formada pelo grande vencedor do Oscar, 3 maiores sucessos do cinema, 3 filmes muito aguardados, duas séries de maior sucesso e o filme nacional do ano. Portanto, não escolho os títulos, pois eles se formam ao longo do ano, seguindo as especificações. 

Boa sessão:


Após o colapso econômico de uma cidade empresarial na zona rural de Nevada, Fern (Frances McDormand) faz as malas com sua van e parte na estrada explorando uma vida fora da sociedade convencional como uma nômade moderna

👉O filme venceu 3 Óscares. Depois de muita reclamação e petição, a Academia resolveu "lacrar", premiando um filme independente, a diretora Chloé Zhao e a atriz Frances McDormand. Mereciam? Bom, há quem diga que sim.


Peter Parker (Tom Holland) precisará lidar com as consequências da sua identidade como o herói mais querido do mundo após ter sido revelada pela reportagem do Clarim Diário, com uma gravação feita por Mysterio (Jake Gyllenhaal) no filme anterior. Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, além de ter sua reputação arruinada por acharem que foi ele quem matou Mysterio e pondo em risco seus entes mais queridos, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. 

Entretanto, o feitiço não sai como planejado e a situação torna-se ainda mais perigosa quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outro universos acabam indo para seu mundo. Agora, Peter não só deter vilões de suas outras versões e fazer com que eles voltem para seu universo original, mas também aprender que, com grandes poderes vem grandes responsabilidades como herói.

👉O filme que bombou no ano foi o Miranha. Depois de estabelecido o multiverso, todo santo dia apareciam teorias intermináveis envolvendo a participação de outros aranhas. Parecia uma viagem, mas se tornou real. Tanto que rapidamente o filme bateu 1 bi e continua tentando voos mais altos.



Round 6, série sul-coreana original da Netflix, acompanha um grupo de pessoas desesperadas por dinheiro que recebem um misterioso convite para participar de jogos competitivos inspirados em brincadeiras infantis. Sem saber qualquer coisa sobre o convite, centenas de pessoas comparecem ao local para participar do evento. Ao final do jogo, o vencedor poderá levar para casa um prêmio milionário e resolver todas as suas dívidas. Porém, o que eles não sabem é que os perdedores não sairão vivos desse jogo. Agora os competidores precisarão lutar para sobreviver a essa macabra disputa.

👉Batatinha frita um dois três...

O hype em cima de Round 6 foi sem precedentes. Até onde acompanhei, foi divulgado que as visualizações foram mais do dobro da segunda mais assistida: Lupin. Visualmente marcante, com um elenco afiado, e a história, ainda que previsível, te faz torcer pelos personagens, mesmo quando você lembra que, em teoria, apenas um sairá vivo.


Baseada nos romances policiais de Maurice Leblanc, Lupin acompanha Assane Diop (Omar Sy), um homem que, 25 anos atrás, viu sua vida virar de cabeça para baixo com a morte de seu pai, então acusado injustamente de um crime. Agora, ele está em busca de vingança e, para isso, se inspira em Arsène Lupin, o famoso "ladrão de casaca" da literatura francesa. Conhecido como "Robin Hood da Belle Époque", Lupin se tornou um gênio do crime na Paris do início do século 20 - e Diop vai seguir seus passos nos dias de hoje.

👉Vamos falar em números: até 2020, Bridgerton havia se tornado a série mais assistida da história da Netflix. Imagine só. Passou queridinhas como Stranger Things e La Casa de Papel. Virou o ano e Lupin chegou arrasadora, se tornando a mais assistida de todos os tempos. E quem poderia imaginar que poucos meses depois, Round 6 dobraria o valor?


Neste filme biográfico, acompanhamos a história de Carlos Marighella, em 1969, um homem que não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura militar. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação. Marighella era político, escritor e guerrilheiro contra à ditadura militar brasileira.

👉Marighella é uma obra prima. Mas outros elementos fizeram do filme o ponto alto do ano. Primeiro, estarmos vivendo um governo com militares, flertando com o momento em que o filme se passa. Em segundo, a dificuldade de lançarem o filme, com o diretor alegando censura e inflamando os ânimos. E quando finalmente chegou aos cinemas neste ano, foi após o período complicado da Pandemia, culminando em salas lotadas e sucesso de público.

O pessoal costuma reclamar de Imprecisões históricas. O mesmo pessoal, aplaudiu Quentin Tarantino quando mandou Hitler pelos ares num cinema em Bastardos inglórios. Vai entender...


Em 007 - Sem Tempo Para Morrer, depois de sair do serviço ativo da MI6, James Bond (Daniel Craig) vive tranquilamente na Jamaica, mas como nem tudo dura pouco, a vida do espião 007 é agitada mais uma vez. Felix Leiter (Jeffrey Wright) é um velho amigo da CIA que procura o inglês para um pequeno favor de ajudá-lo em uma missão secreta. O que era pra ser apenas uma missão de resgate de um grupo de cientistas acaba sendo mais traiçoeira do que o esperado, levando o agente inglês 007 ao misterioso vilão, Safin (Rami Malek), que utiliza de novas armas de tecnologia avançada e extremamente perigosa

👉Com um orçamento inacreditável de 250 milhões de dólares e um atraso de quase dois anos para ser liberado nos cinemas, foi um milagre que o filme tenha rendido 774.  Foi a segunda maior bilheteria do ano.


Em Velozes & Furiosos 9, Dominic Toretto (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) vivem uma vida pacata ao lado de seu filho Brian. Mas eles logo são ameaçados quando o irmão desaparecido de Dom retorna. Jakob (John Cena), um assassino habilidoso e excelente motorista, está trabalhando ao lado de Cipher (Charlize Theron), vilã de Velozes & Furiosos 8. Para enfrentá-los, Toretto vai precisar reunir sua equipe novamente, inclusive Han (Sung Kang), que todos acreditavam estar morto.

👉À partir do crescimento da franquia, alçando patamares inimagináveis, qualquer Velozes e Furiosos vira "evento de 1 bilhão". Por conta da Pandemia ele rendeu um pouco menos, em torno de  726 milhões, o que não é nada mal. Garfou a terceira maior bilheteria do ano, atrás apenas dos Miranhas e do já aposentado James Bond.


Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman, Bruce Wayne convoca sua nova aliada Diana Prince para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação da liga de heróis sem precedentes o ataque ao planeta ainda pode ser catastrófico.

👉Se existe um filme em 2021 que mostra o poder de um fã, ela se chama Liga da Justiça - Snyder Cut. Para quem não sabe da história, o pouco sucesso dos filmes do Universo Compartilhado DC, se comparado com o a fórmula da Marvel, ligou o sinal de alerta do produtor dos filmes. Além disto, houve uma polarização de fãs, dividindo-se em DCnautas e Marvetes. Não cabe aqui dizer como isto é um erro terrível para o cinema, mas o fato é que a energia causada, boa e ruim, move peças. O questionado Zack Snyder, principalmente por seu estilo, digamos, inadequado, sofreu uma perda terrível durante as filmagens do Liga da Justiça. Sua filha havia tirado a própria vida. Toda pressão da produção foi demais para Snyder e ele largou (ou foi largado) o projeto depois que as exibições-teste foram mal vistas. 

E em mais uma bola fora da DC, evidenciando que a Marvel era um case de sucesso a ser emulado,  contratou o diretor de Vingadores, Joss Whedon, para dar uma "acabada" Marvel no projeto. O resultado foi constrangedor. Uma petição foi criada pelos fãs para que o Snyder Cut viesse ao mundo, algo que era aparentemente impossível. 4 anos depois, e muita lenha queimada, renascia o filme, que originalmente seria lançado nos cinemas como Parte 1 e 2. O filme chegou ao HBOmax e com a promessa de, quem sabe, em algum tempo no futuro, chegue no Brasil. O milagre aconteceu bem antes.

O lançamento do filme envolveu uma aclamação mundial e era muito aguardado.


Duna se passa em um futuro longínquo. O Duque Leto Atreides administra o planeta desértico Arrakis, também conhecido como Duna, lugar de única fonte da substância rara chamada de "melange", usada para estender a vida humana, chegar a velocidade da luz e garantir poderes sobrehumanos. Para isso ele manda seu filho, Paul Atreides (Timothée Chalamet), um jovem brilhante e talentoso que nasceu para ter um grande destino além de sua imaginação, e seus servos e concubina Lady Jessica (Rebecca Fergunson), que também é uma Bene Gesserit. 

Eles vão para Duna, a fim de garantir o futuro de sua família e seu povo. Porém, uma traição amarga pela posse da melange faz com que Paul e Jessica fujam para os Fremen, nativos do planeta que vivem nos cantos mais longes do deserto.

👉Denis Villeneuve não faz concessões. De Blade Runner a Duna, o cara soube levar a carreira até aqui de forma consistente. Além dos grandes filmes que dirigiu, voltar ao universo de Blade Runner parecia sacrilégio. E quando Duna foi anunciado, uma certeza parecia pairar no ar: finalmente veríamos uma obra prima inspirado na série de livros de Frank Herbert.

Veio Pandemia, atrasos e dúvidas se veríamos a parte dois. Com a possibilidade de o filme entrar somente no streaming, o pesadelo parecia tomar forma. Tudo mudou com a diminuição do número de mortes pelo Covid bem como o avanço da vacinação. Duna foi muito aguardo, discutido, fez dinheiro, e o diretor já fala até em parte três.


Se passando 20 anos após os acontecimentos de Matrix Revolutions, Neo vive uma vida aparentemente comum sob sua identidade original como Thomas A. Anderson em São Francisco, Califórnia, com um terapeuta que lhe prescreve pílulas azuis para neutralizar as coisas estranhas e não naturais que ele ocasionalmente vislumbra em sua mente. Ele também conhece uma mulher que parece ser Trinity (Carrie Anne-Moss), mas nenhum deles se reconhece. No entanto, quando uma nova versão de Morpheus oferece a ele a pílula vermelha e reabre sua mente para o mundo da Matrix, que se tornou mais seguro e perigoso nos anos desde a infecção de Smith, Neo volta a se juntar a um grupo de rebeldes para lutar contra um novo e maois perigoso inimigo e livrar todos da Matrix novamente.

👉Matrix foi um divisor de água no épico ano de 1999. De lá para cá, muita coisa mudou. Da imersão digital  aos diretores que viraram diretoras. Com o final do terceiro filme, mostrando Neo como o salvador (uma versão pop de Cristo), nada mais justo que mostrar em algum momento, sua ressurreição, que chegou finalmente, vinte anos depois.

Porém, trazer Trinity da morte e colocando ela no patamar de Neo, se volta muito mais para as (justas) questões atuais do que para o norte que a franquia mirava. Mesmo assim, era um dos mais esperados do ano.

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