JAMES DEAN E O PORSCHE ASSASSINO

23 de Setembro, Dean foi mostrar o carro para seu amigo, Alec Guinness. Este por sua vez achou o carro sinistro e acrescentou: "- Se dirigir este Porsche, vai morrer na próxima semana."

James Dean foi um jovem ator americano, o qual chegou à participar de poucos filmes em sua rápida passagem pelo mundo, sendo os mais conhecidos: "Vidas amargas", "Juventude transviada", e "Assim caminha a humanidade", tornando-se um ídolo de toda uma geração.

Dean morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1955 quando estava no auge do sucesso, em um acidente com seu Porsche 550 quando ia para uma corrida na cidade de Salinas, Califórnia (EUA). Dean, um apaixonado por carros, participava de competições de automóveis, mas no dia em que iria estrear sua nova "máquina", aconteceu a tragédia.

Sua morte marcou de forma profunda seus admiradores e fãs, no entanto algo estranho iria acompanhar esse acontecimento: desde o dia de sua morte, eventos muito estranhos envolveram os restos de seu carro. E é o que veremos a seguir.

- Se dirigir este Porsche, vai morrer na próxima semana.

O Porsche 550 de James Dean é um dos carros esportivos mais conhecidos da história, com motor de 4 cilindros e 1500 cilindradas, com 100 cavalos de potência. Os fãs se negaram a acreditar no desaparecimento do ídolo e diziam que ainda estava vivo. Alguns acreditavam que ele teria ficado desfigurado depois do acidente.

Já ouviu a história que Dean tinha associação com o nazismo?

Então...

Não é de todo, uma mentira.

O mecânico Rolf Wütherich, amigo de Dean, era soldado de Hitler na Guerra. Wütherich foi enviado aos Estados Unidos pela Porsche como engenheiro para a Johnny von Neumann’s Competitions Motors em Los Angeles. Lá, os novos carros de corrida Spyder 550 seriam distribuídos, um deles, inclusive, seria enviado ao ator e amante de automóveis do tipo, James Dean.

Desta situação, veio a amizade e o soldado passou a cuidar do armamento de Dean: os carros. E o "armamento" era demonstrado em campo, que no caso, eram os eventos. E num desses eventos, o de Salinas, Dean queria levar seu carro de Los Angeles até a cidade rebocando em uma camionete da Ford, dirigida por seu amigo e dublê Bill Hickman.

Porém, o amigo nazista, Rolf achou que seria um ideia melhor Dean testar a potência do carro na estrada. O ator não precisou de muito para ser convencido da ideia, já que iria amar dirigir o possante em uma estrada.

Após uma hora de viagem, chegaram a um cruzamento próximo à cidade de Cholame. A velocidade do carro de Dean era alta, e não teve muito que o ator pudesse fazer para evitar a colisão frontal. Wütherich foi projetado para longe do Porsche, enquanto James ficou preso nas ferragens do veículo. Rolf, quebrou uma perna e sofreu contusões múltiplas e cortes por todo corpo. O motorista do outro carro pouco se machucou e declarou que não viu o carro de Dean se aproximando de frente.

Mas a tragédia não acabou com a morte de Dean.

Em torno dos restos desse Porsche ocorreu uma série de histórias que sempre levam a mesma questão: o carro de James Dean teria algum tipo de maldição?

A companhia de seguros vendeu o que restou do carro e foi então que começaram as sucessivas tragédias:

George Barkuis, o motorista que dirigia o caminhão que foi buscar o carro "destroçado", morreu quando o Porsche caiu sobre ele no mesmo lugar do acidente.

Um especialista em carros de Hollywood, chamado George Barris comprou o carro por 2.500 dólares. Quando o carro chegou à garagem de Barris, ele deslizou e caiu sobre um dos mecânicos que o descarregava, quebrando suas pernas. Com muito cuidado, Barris começou a separar as partes do carro que poderiam ser revendidas, o que não seria difícil. Barris afirmou que nunca teve boas sensações perto do Porsche 550, mas acreditava que era apenas superstição de sua parte.

No entanto suas suspeitas se confirmaram em outubro de 1956, quando a pessoa que havia comprado o motor do carro de Dean (Troy Mc Henry, um médico de Beverly Hills) morreu ao usá-lo pela primeira vez em seu carro.

Logo depois, outro de seus clientes, William Eschrid, o qual comprou o câmbio do veículo, bateu o carro violentamente. Ele sobreviveu e contou que seu automóvel simplesmente travou bruscamente sem explicação.

As rodas foram vendidas a um jovem que uma semana depois se envolveu em um acidente devido a um defeito nas rodas.

Mas a história não termina ai...

Em uma corrida internacional, um menino tentou roubar o volante do Porsche (agora com Barris) e cortou o braço no ato. Tentando se livrar da má sorte do carro, Barris emprestou para a polícia da Califórnia o que restava da carroceria para utilizá-la como exemplo da imprudência no trânsito.

Antes que as autoridades o levassem, a garagem onde estava guardado pegou fogo e misteriosamente o Porsche de Dean se salvou, ao contrário do resto dos carros estacionados no local que ficaram completamente destruídos com as chamas.

No dia em que o carro foi colocado em uma exposição em Sacramento, caiu do estande e machucou um adolescente.

Quando o carro foi transportado para uma exposição próximo da cidade de Salinas, o caminhão patinou na pista e bateu. O motorista morreu.

Em 1958, Barris emprestou a carroceria do Porsche para ser exposta em uma amostra sobre segurança veicular em Miami, Flórida. Quando o carro foi colocado em cima do caminhão para ser levado a Los Angeles, ele desapareceu misteriosamente, não chegando ao seu destino.

Até hoje o paradeiro do "Little Bastard" é desconhecido por completo.

Maldição ou coincidência? A sorte do acompanhante de Dean também não foi a melhor. Ele se perdeu no meio da culpa de ter incitado Dean a dirigir. Hora violento, hora alcoolizado, passou a ter um comportamento agressivo recorrente com suas mulheres (especialmente depois do acidente). Em uma ocasião, Rolf esfaqueou sua mulher Doris enquanto ela dormia, e depois tentou se suicidar. A tentativa foi um fracasso. Ele e foi enviado para uma clínica psiquiátrica.

Saiu de lá em 1970, e passou a trabalhar com bicos em montadoras de carros, se juntando em 1979 a Honda. Em julho de 1981, enquanto dirigia seu Honda Civic vermelho, Wütherich perdeu o controle do veículo e bateu no muro de uma residência. Aparentemente, ele estava sob o uso de tóxicos. Morreu aos 53 anos no próprio local do acidente.

Mas como o Porsch "Little Bastard" de James Dean desapareceu?

No final de 1959, depois que o carro tinha sido exposto em uma convenção da polícia na Flórida, ele seria enviado de volta para a casa de Barris, na Califórnia. O Porsche então foi carregado em um caminhão com compartimento fechado em Miami, e a sua porta foi selada com cuidado.

Quando o caminhão chegou em Los Angeles, oito dias depois, o selo na porta ainda estava intacta, mas o Porsche estava faltando. Como uma passe de mágica, ele tinha simplesmente desaparecido.

Dez anos depois, JJ Armas, um conhecido investigador particular internacional, estava com seu veículo na oficina de Barris para instalação de alguns equipamentos de vigilância. Barris então comentou para JJ Armas sobre o misterioso desaparecimento do carro de James Dean durante o curso da conversa, e Armas se ofereceu para investigar sobre o caso. Cerca de um mês depois, Armas chamou Barris e informou-o que o carro, na realidade, nunca foi carregado no caminhão na Flórida..

Armas investigou os registros dos postos de pesagem onde o caminhão havia parado durante a sua viagem da Flórida para a Califórnia, e o peso do caminhão sempre foi o mesmo em toda a extensão do país, não se alterando em momento algum.

Isso quer dizer que da forma que o caminhão partiu, chegou, sem mudanças na carga, e como o carro não estava em seu interior no destino, obviamente também não deveria estar em sua partida. Quando Armas localizou o motorista do caminhão, ele relatou o seguinte:

- "Eles me entregaram os documentos necessários para o transporte, e o caminhão com a porta fechada e selada, e isso é tudo que eu sei sobre o caso. Eu não estava lá quando ele foi carregado, portanto não sei o que tinha lá dentro".

Ao longo dos anos, dezenas de pessoas se aproximaram de Barris afirmando que sabiam do paradeiro do "Little Bastard".

Com todo a repercussão que existia sobre o carro, parecendo que ele tinha vida própria, Barris recolheu as partes remanescentes que ele ainda possuía do carro, e junto com algumas fotos, criou um cartaz para ser exposto no "Volo Auto Museum", em Illinois.

Para ajudar a promover a exposição, o Museu Volo ofereceu uma recompensa de 1 milhão de dólares para quem conseguisse devolver o carro, mas com a condição de que antes deveria ser inspecionado por Barris para autenticá-lo como o carro verdadeiro.

Mensagens do mundo todo surgiram na esperança de ganhar o dinheiro da recompensa. Inclusive uma tentativa de golpe, pedindo dinheiro por um carro falso.

E afinal, todos os fatos ocorridos com o "Little Bastard" foram resultado de uma maldição, ou seriam somente "várias" coincidências?