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PARIS FILMES - A HISTÓRIA


Sabia que muita gente não sabe que a Paris filmes é brasileira, e não francesa?

A Paris Filmes é uma empresa consolidada, que desde 1960 atua no mercado de distribuição e exibição de filmes. A atividade, que inicialmente voltava-se apenas ao cinema, atualmente atua nas áreas de home vídeo e televisão. É alicerçada em uma estrutura independente, onde a qualidade de seus produtos, a credibilidade e o respeito com que se trabalha, são ingredientes indispensáveis para o resultado de grandes conquistas, que fizeram e fazem da Paris Filmes uma das mais respeitadas e tradicionais distribuidoras.


O começo

No final da década de 50, o romeno Sandi Adamiu imigra para o Brasil. Ele criou aqui a Paris Filmes para distribuir filmes.  Pelo domínio do idioma francês, tem grande facilidade em comercializar os títulos da Pathé (grande produtora da França), trazendo muitos filmes franceses ao Brasil. Com a progressão na distribuição, resolve investir também na exibição, criando o primeiro cinema do grupo, o Cine Marrocos.

Nos anos 1980, sob o comando de Alexandre Adamiu, filho de Sandi, a Paris especializou-se em filmes de ação, além de expandir a rede de cinemas iniciada pelo pai, que chegou a ter 170 salas de exibição. Alexandre, que nasceu em 1947, morreu novo, com 52 anos. Como era mais jovem, resolveu ousar, trazendo filmes americanos (King Kong)  e alguns mais polêmicos como Calígula,  obtendo resultados espetaculares. Com isso, a Paris Filmes tornou-se líder no mercado de distribuição e expande seu circuito exibidor, sendo a primeira empresa exibidora brasileira a acreditar em cinema dentro de Shopping Center, construindo as primeiras salas no BH Shopping.


Adamiu criou uma revista  (já em cores) chamada "Paris News", contendo bons textos e ilustrações sobre a produção que está distribuindo no Brasil.  Neste período, a Paris lançou produções duvidosas como  "Grande Kickboxer Americano - A Aniquilação dos Ninjas",  o bom  filme de espionagem "A Casa da Rússia" de  Fred Schepisi, com Roy Scheider, Sean Connery, Michelle Pfeiffer e Klaus Maria Brandauer.

Neste período, ficou famosa a parceria nos anos 80 e 90, com a América Vídeo, distribuindo grandes sucessos em VHS como: Vale da Morte, Keruak - O Exterminador de Aço, Aventureiros de Fogo, Mestres do Universo, Cyborg, Garantia de Morte, O Grande Dragão Branco, O Armário do Diabo, O Último Americano virgem, e muitos outros. 

Nos VHS também, eram conhecidos os vídeos da Pousada do Sandi, como vemos no vídeo. A maioria das pessoas apertava o FF, claro. A Pousada do Sandi, localizada em Paraty, no Rio de Janeiro, investiu em infraestrutura para receber eventos corporativos. Sandi Adamiu era o proprietário. Ele fazia propaganda do seu negócio nos seus lançamentos em home vídeo, não precisando assim, pagar por publicidade. Algo assim, o apresentador Silvio Santos também faz,


Em 1986, firmou uma joint-venture  (um tipo de associação em que duas entidades se juntam para tirar proveito de alguma atividade, por um tempo limitado, sem que cada uma delas perca a identidade própria) com o Grupo Severiano Ribeiro, o maior e mais tradicional exibidor brasileiro, construindo o primeiro multiplex da América Latina, no Park Shopping de Brasília, com 8 salas.

Uma nova virada no roteiro foi necessária no começo dos anos 2000. Foi nesse momento que Márcio Fraccaroli passou de funcionário a patrão e posteriormente, o principal acionista. A Paris ainda dividia os seus negócios entre a distribuição e a exibição. Sandi Adamiu, neto e homônimo do fundador, defendia o foco no segundo negócio.

Muito bem estruturada, com sede própria em São Paulo, a Paris Filmes em 2004 chegou com força total, trazendo grandes sucessos de público como Jogos Mortais, O clã das adagas voadoras, Sahara, P.S. Eu Te Amo, além de filmes premiados com Boa Noite e Boa Sorte, No Vale das Sombras e fenômenos como Juno.


E com isto, a distribuidora começou a ganhar popularidade entre os jovens, principalmente em 2008 após lançar Crepúsculo, seguido pelos quatro filmes que compõem A Saga. Após isso continuou famosa ao distribuir adaptações de sagas como Jogos Vorazes e Série Divergente. 

O cinema brasileiro tem sido uma das grandes apostas da Paris Filmes nos últimos anos. O investimento foi um novo desafio que deu certo Lançou filmes como: De Pernas pro Ar (filme), De pernas pro Ar 2, Até que a sorte nos separe, Até que a sorte nos separe 2, O Candidato Honesto, Loucas pra Casar, todos do diretor Roberto Santucci, além de  Dulce de Vicente Amorim Meu Passado Me Condena, e o fenômeno  Minha Mãe É Uma Peça - O Filme de André Pellenz, que se tornou uma trilogia, sendo o terceiro o maior sucesso da história do cinema nacional (sem contar a picaretagem feita por Edir Macedo, comprando todos os ingressos de Nada a perder e fazendo dele um sucesso virtual, com salas vazias).

Os outros 40 filmes distribuídos pela Paris, em 2012, atraíram juntos mais de 18 milhões de audiência. Isso graças a um catálogo composto por filmes premiadas, como O Artista, o vencedor  do Oscar.


Em 2013, pela segunda vez consecutiva, a Paris Filmes teve o maior número de espectadores para filmes brasileiros. Além de repetir o sucesso de bilheteria com os filmes nacionais, a parceria de distribuição com a Downtown Filmes rendeu o recorde do ano de mais de 30 milhões de ingressos vendidos.  A Paris Filmes mais uma vez teve em seu catálogo um vencedor de Oscar®, a atriz Jennifer Lawrence, pelo filme “O Lado Bom da Vida”.  A atriz também foi protagonista de outro enorme sucesso, a sequência Jogos Vorazes: Em Chamas, um dos mais aclamados filmes do ano que se tornou a sexta abertura mundial em bilheteria de todos os tempos.

Para 2014 a Paris Filmes teve entre seus lançamentos o vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes 2013, Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum, dos irmãos Coen, O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, Oldboy – Dias de Vingança, de Spike Lee; o premiado Fruitvale Station – A Última Parada, de Ryan Coogler e o aclamado Até o Fim, com Robert Redford.

Atualmente ela continua vertendo grandes sucessos do cinema, como o estratosférico Minha mãe é uma peça 3, que rendeu 143,9 milhões, sendo que o filme custou 8. E estava programado um quarto filme e uma série de TV, porém o ator Paulo Gustavo sucumbiu a COVID 19 e o projeto, que seria certamente um sucesso milionário, sucumbiu com o ator que dava voz ao personagem título.



ALGUNS VHS 











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