A HORA DO PESADELO - SAGA REVIEW
Texto: M.V.Pacheco
Revisão: Thais A.F. Melo
Fazer maratonas é um desafio por diversos motivos. O mais óbvio é o desgaste natural que sofremos pelo cansaço. Ou seja, se o quinto filme for ruim, por exemplo, estamos cansados pela maratona em série e consequentemente, temos uma percepção pior do filme, que já era ruim.
Por outro lado, o efeito comparativo é incrível. Perceber o cuidado (ou não), de referências e continuidades de segmentos, é um deleite. E hoje, vou de A Hora do Pesadelo, que ao contrário de sagas como Amityville e Hellraiser, não há um filme muito ruim. Nem mesmo desgaste, já que há ótimas sequências, como se não me engano, o sétimo filme (que amei quando assisti na época, mas revi apenas uma vez).
Enfim, boa sessão:
A Hora do Pesadelo (1984)
Na história, um grupo de adolescentes tem pesadelos horríveis, em que são atacados por um homem deformado com garras de aço. Ele apenas aparece durante o sono e, para escapar, é preciso acordar. Os crimes vão ocorrendo seguidamente, até que se descobre que o ser misterioso é na verdade Freddy Krueger, um homem que molestou crianças na rua Elm e que foi queimado vivo pela vizinhança. Agora, Krueger pode ter retornado para se vingar daqueles que o mataram, através do sono.
Pela 1ª vez na Televisão
Assisti ao filme quando estreou no Cinema em Casa, exibido no dia dois de dezembro de 1988, precisamente, o décimo quinto filme a passar na sessão. Antes da exibição, ficávamos esperando por quase uma hora, com uma música ao fundo e uma imagem mostrando um frame com uma informação de que o filme começaria em breve. Um sofrimento... mas bem recompensado.
A Hora do Pesadelo é um filme muito bem feito, com efeitos práticos bem interessantes, que transmitem de forma perfeita como o horror de Freddy transcende os sonhos. Há diversas cenas marcantes como a da banheira, do teto formando o rosto de Freddy ou quando a colega de quarto de Nancy é morta, sendo alçada ao teto. Curiosamente, por pouco A Hora do Pesadelo não foi finalizado. Quando as filmagens estavam em sua metade, a New Line Cinema, produtora do filme, teve o contrato de distribuição do filme rompido.
Sem dinheiro em caixa, o estúdio ficou duas semanas sem pagar os integrantes do elenco e da equipe de produção do filme, até um novo acordo de distribuição ser fechado. Durante este período, as filmagens ocorreram normalmente, com nenhum integrante tendo abandonado a produção. No final, o sucesso de A Hora do Pesadelo nos cinemas evitou a falência da New Line Cinema, que recebeu o apelido de "A Casa que Freddy construiu".
História real?
O roteiro do filme foi escrito em 1981, mas foi na infância do diretor que o primeiro elemento de inspiração surgiu, já que em uma noite ele viu, através de janela de sua casa, um homem velho andando do lado de fora que parou e o encarou, para em seguida ir embora caminhando. Esse acontecimento deixou Craven muito assustado e serviu de inspiração para a criação de Krueger.
Em Aniversário Macabro (1972), Craven também usou essa ideia como inspiração, chamando o vilão de Krug (interpretado por David Hess). O violento assassino em série e estuprador transbordava malandragem e ironia, e gostava de insultar e torturar suas vítimas antes de matá-las. A aparência de Freddy (especialmente as roupas sujas e o chapéu) foi inspirada em um morador de rua que frequentava a rua em que Craven morava. Segundo Robert Englund, ele baseou a fisicalidade de Freddy na atuação de Klaus Kinski em Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979), de Werner Herzog.
A trama também foi inspirada em vários artigos de jornal, que ele leu sobre as misteriosas mortes de vários refugiados do Sudeste Asiático. Eram dezessete homens e uma mulher, que vieram de uma província montanhosa do Laos chamada Hmong. Eles fugiram para os Estados Unidos em 1975, quando o Pathet Lao, uma ditadura comunista acusada de cometer genocídio em seu próprio povo, assumiu o controle do país. O povo Hmong estava especialmente em risco de represália por parte do Pathet Lao, já que muitos deles serviram como soldados anticomunistas que ajudaram a resgatar pilotos americanos abatidos durante a Guerra do Vietnã.
Eles se refugiaram nos EUA, principalmente em Minnesota e Califórnia. Pelo trauma, eles passaram a ter pesadelos horríveis chegando ao ponto de se recusarem a dormir. Seguindo ordens médicas, os pais destas crianças as encorajaram a dormir, contudo, cada uma delas morreu durante o sono, após um novo pesadelo, e as autoridades médicas, na época, noticiaram o fato denominando-o como Síndrome da Morte Súbita Asiática. É uma condição que parece afetar principalmente os homens filipinos, que faz 43 vítimas a cada 100.000 pessoas por ano. Eles parecem literalmente morrer de medo por acreditarem no que acontece em seus sonhos.
Já a ideia da luva veio por parte de Wes Craven, pois ele queria dar ao personagem uma arma única, mas também algo que pudesse ser feito de maneira barata e não fosse difícil de usar ou transportar. Na época, ele estava estudando medos primitivos embutidos no subconsciente de pessoas de todas as culturas, e descobriu que um desses medos é o ataque por garras de animais. As cores do famoso suéter de Freddy vieram de quando Wes Craven leu um artigo na "Scientific American" em 1982, que dizia que as duas cores mais contrastantes da retina humana eram o vermelho e o verde.
No roteiro original, Freddy era um molestador de crianças. No entanto, uma mudança sutil (!!!) foi feita para transformá-lo em um assassino de crianças para evitar acusações de explorar uma série de molestações de crianças na Califórnia na época da produção. Ele foi reescrito como um molestador de crianças no remake de 2010, estrelado por Jackie Earle Haley.
Quando testemunhamos o nascimento de ícones do horror, logo começam as especulações de crossovers. O filme em que Nancy assiste para se manter acordada é A Morte do Demônio (1981), dirigido por Sam Raimi. A luva original foi posteriormente usada e pendurada na parede de um galpão visto em Uma Noite Alucinante (1987). Já na cena em que Nancy dorme na casa de Tina e Freddy Krueger se aproxima da cama através da parede é visível a máscara de hóquei utilizada pelo personagem Jason Voorhess, outro ícone dos filmes de terror. Por anos, um crossover entre Freddy e Jason foi especulado, até que finalmente conseguiram em 2003. Por outro lado, Freddy vs Jason vs Ash, nunca veio ao mundo.
A Hora do Pesadelo marcou a estreia no cinema de Johnny Depp e em alto estilo. Aparecendo em poucas vezes, a cena da sua morte é antológica, por volta de 1 hora e 5 minutos (sobreviveu bastante não?). Mas durante a cena, nos bastidores, ocorreu um acidente, quando uma fonte de sangue é jorrada da cama para o teto. A ideia original era que o quarto girasse lentamente, de forma a que o sangue jorrasse de maneira surrealista e atingisse a parede em curva. A equipe perdeu o controle do quarto, que ficou girando desordenadamente com o diretor e o câmera amarrados em cadeiras fixas dentro do próprio quarto e 250 litros de água colorida sendo jorrados. Quando conseguiram finalmente parar o quarto, as câmeras estavam danificadas e a equipe, inteiramente "ensanguentada".
O endereço fictício da casa no filme é 1428 Elm Street. A casa onde as filmagens aconteceram está localizada em Los Angeles, Califórnia, na 1428 North Genesee Avenue. Os números "1428" na lateral da casa foram roubados e nunca devolvidos, de acordo com a atual proprietária da casa, Angie Hill, que ficou bastante chateada com isso. Isso é mostrado no segundo disco do documentário Never Sleep Again: The Elm Street Legacy (2010).
O filme foi seguido por A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy (1985), A Hora do Pesadelo 3 - Os Guerreiros dos Sonhos (1987), A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos (1988), A Hora do Pesadelo 5 - O Maior Horror de Freddy (1989), A Hora do Pesadelo 6 - Pesadelo Final - A Morte de Freddy (1991) e O Novo Pesadelo - O Retorno de Freddy Krueger (1994), e refilmado como A Hora do Pesadelo (2010). Além da série de filmes A Hora do Pesadelo, o personagem Freddy Krueger aparece também em Freddy x Jason (2003).
A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy (1985)
Seguindo a tradição Slasher, após o sucesso original, continuações se seguem para aproveitar o sucesso do primeiro. Desta vez dirigido pelo também ótimo Jack Sholder (que tive o prazer de entrevistar) que realizou O Escondido, outro ótimo filme dos anos 80. Neste segundo filme, acompanhamos a família Walsh, que se mudou para a antiga casa de Freddy Krueger (Robert Englund) em Elm Street. Logo, Jesse (Mark Patton) passa a ter horríveis pesadelos com o assassino. Lisa (Kim Myers), sua namorada, investiga e descobre o passado da casa. Entretanto, Freddy já está de posse do corpo de Jesse e o obriga a cometer assassinatos contra sua família e amigos.
Em vez de continuar a história da única sobrevivente do primeiro filme, Nancy (Heather Langenkamp), este filme se concentra nos novos residentes da velha casa de Elm Street de Nancy, juntando-se a uma grande tradição de sequências de terror que ignoram os sobreviventes do filme anterior pelo que apareceria ser razões de controle de custos. Langenkamp disse ao documentário Never Sleep Again que ela nunca teve a chance de fazer esse filme, e o produtor do filme não conseguia se lembrar se alguma vez houve alguma discussão interna na New Line Cinema sobre trazê-la de volta. Foi levantada a hipótese de que o novo conceito de Freddy de David Chaskin e Jack Sholder (possuir alguém no mundo real vs. matá-lo em seus sonhos) parecia tão diferente do primeiro filme que trazer Nancy de volta não faria muito sentido.
Wes Craven, diretor do filme original, se recusou a trabalhar na sequência por não ter idealizado o filme como uma série. Além disso, ele não concordou com o uso de Freddy Krueger como manipulador do protagonista, para que ele cometesse assassinatos. O primeiro produzido pela New Line Cinema foi Noite de Pânico (1982), dirigido por Jack Sholder e estrelado por Jack Palance. No entanto, teve um lançamento muito limitado e, quando teve um desempenho ruim nos cinemas e recebeu críticas negativas, foi lançado direto para o vídeo. Como tal, o primeiro verdadeiro empreendimento cinematográfico mainstream da New Line Cinema veio a ser A Hora do Pesadelo. Mas Sholder voltou à direção neste segundo.
Você tem o corpo ... Eu tenho o cérebro.
A New Line Cinema originalmente se recusou a dar a Robert Englund um aumento de salário, e um figurante foi escalado como Freddy no início da produção. Após duas semanas de filmagem, Robert Shaye percebeu que foi um terrível lapso de julgamento e atendeu às exigências de Englund.
Para começar a falar do filme, um detalhe para lá de inventivo. A paleta de cores é toda tendendo para o vermelho e verde. Algumas vezes são bem destacadas, como quando o protagonista acorda de um sonho no quarto e na cena seguinte, na sala de aula e depois, quando vemos uma casa com piscina (capturei as imagens que começam em torno de 15 minutos).
Freak
Quando adotamos um olhar crítico aos observamos detalhes, percebemos nuances incríveis. O filme talvez seja o primeiro (e único, já que It - Capítulo 2 é explícito ao mostrar um casal gay e como a morte deles traduz o preconceito de forma brutal) slasher com conotações gays estampadas na cara do telespectador. Não só pelo personagem principal, claramente homossexual, mas vítima do preconceito da época. O roteiro, de forma muito perspicaz, colocar Freddy como o monstro interior do personagem, que quer se libertar e de quebra, eliminar os "vilões", uma referência ao sentimento do personagem pelo bullying sofrido e pela necessidade de se manter no armário para que não seja visto como uma aberração. Seu personagem se sentia como um fantoche de um monstro, mas na realidade, era fantoche da sociedade.
Repare a cena do vestiário, com o cara nu, morto pelo ator principal (também nu), enfatizando o pecado mortal que seria aquela provável relação sexual. Mais interessante ainda o fato de que o personagem morto usa uma daquelas roupas coladas, usadas em bares gays (como vemos em filmes da época como Parceiros da Noite e Loucademia de Polícia). O ator Mark Patton, assumidamente gay, afirmou que se vê como a "primeira rainha dos gritos masculina" devido justamente a este subtexto homoerótico da obra. A cena em que o personagem não transa com a mulher por motivo de força maior e pula para a cama de um homem é inacreditável. O amigo ainda indaga: " -Tem uma mulher na sua cama e você ainda quer dormir comigo?"
O filme foi extremamente bem recebido na Europa, pois os residentes desses países perceberam (e amaram) as implicações sexuais. Essa popularidade no exterior é o que convenceu os produtores a continuar fazendo sequências, além de ter proporcionado que a produtora expandisse horizontes do horror, como fez com Criaturas.
A Hora do Pesadelo 3 - Os Guerreiros dos Sonhos
O terceiro filme é um dos melhores e mais divertidos e com um grande elenco, além da retomada da história do primeiro filme. Nele, Nancy Thompson (Heather Langenkamp), uma das sobreviventes dos ataques de Freddy Krueger (Robert Englund), é agora uma psicóloga especialista em sonhos. Ela trata de alguns adolescentes em um sanatório, que são atacados por Krueger em seus sonhos. Para combatê-lo, Nancy ensina as crianças a usarem suas habilidades especiais no mundo onírico. Quando Krueger sequestra um de seus pupilos, Nancy lidera uma busca no domínio do assassino para resgatá-lo.
A premissa original do filme seria com Freddy Krueger invadindo o mundo real e atacando o elenco e equipe técnica responsável pela série de filme A Hora do Pesadelo. A ideia foi rejeitada pelo estúdio, mas o próprio Wes Craven a usou posteriormente em O Novo Pesadelo - O Retorno de Freddy Krueger (1994). Esta ideia daria continuidade, em parte, ao segundo filme, já que Freddy ataca a festa em que ninguém está sonhando, rompendo a premissa básica da história.
O filme que Jennifer assiste na TV pouco antes de ser morta é Criaturas (1986), outra franquia iniciada pela produtora de A Hora do Pesadelo, que como dito mais acima, só foi viável por conta do sucesso do personagem Freddy Krueger.
É sem dúvidas, o filme de maior pedigree da franquia. O filme marcou a estreia de Patricia Arquette (da série Medium) no cinema. Ele foi dirigido por Chuck Russell (que fez A Bolha Assassina e Máskara). Entre os nomes no roteiro está Frank Darabont, que dirigiu Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre. No elenco, Craig Wasson e Laurence Fishburne dão as caras, inclusive, a cena em que Neil Gordon é jogado na sepultura é uma homenagem a Dublê de Corpo (1984), no qual uma situação parecida ocorre com o personagem interpretado por Wasson. Na produção, Rachel Talalay, que dirigiu Tank Girl, detonando o Futuro, O Fantasma da Máquina e A Hora do Pesadelo 6: Pesadelo Final, a Morte de Freddy
Wes Craven trabalhou com o irmão de Patrícia, David Arquette, que ficou famoso interpretando Dewey nos filmes Pânico. Mas antes de ambos, Craven escalou Lewis Arquette para viver um xerife no primeiro A Hora do Pesadelo.
Chuck Russell fez sua estreia na direção com este filme, mas o roteiro que ele e Frank Darabont entregaram exigia um orçamento de 20 milhões para produzir os efeitos, embora eles tivessem apenas 4,5 milhões. O resultado foi um set incrivelmente tenso, não um cenário particularmente ideal para Patricia Arquette fazer sua estreia no cinema. No primeiro dia de filmagens, a produção já estava tão atrasada que só chegaram às cenas às 4 da manhã, momento em que ela já havia esquecido suas falas. Foram necessárias 52 tomadas dela e quando nada mais dava certo, a equipe começou a passar as falas dela por meio de cartões atrás das câmeras. Arquette afirmou que não foi uma experiência agradável para ela, enquanto Russell disse que pode tê-la pressionado demais.
De acordo com Wes Craven, a ideia do hospital psiquiátrico para tratar os personagens Warriors não era apenas um aceno a Um Estranho no Ninho (1975). Ele foi inspirado em um estabelecimentos da vida real. Craven disse numa entrevista: "Naquela época, havia uma espécie de movimento de lugares que até mesmo anunciavam na televisão, 'Envie-nos seu filho problemático e nós os consertaremos' e, essencialmente, eles eram como prisões ou asilos de loucos."
Os efeitos especiais do filme alçam voos maiores que nas produções anteriores, ficando mais inventivos. Por exemplo, quando o rosto do fantoche de argila se transforma no de Freddy, o homem dos efeitos especiais Doug Beswick usou a animação em stop-motion. As filmagens começaram com um rosto de Freddy de barro que se tornou mais claro em cada quadro. O resultado foi rodado ao contrário, e é isso que aparece na versão final do filme.
Já na cena do "Freddy Cobra", a equipe só teve uma hora para filmar a cena, então eles não tiveram tempo suficiente para pintá-la adequadamente. Então, foi coberto por uma substância gosmenta verde. A cena dele tentando engolir Kristen também foi filmada ao contrário, devido às gengivas do boneco serem muito flexíveis e dobrarem sobre si mesmas.
No roteiro original, um dos Guerreiros sonha com um robô gigante no estilo Transformers para lutar contra Freddy. A sequência até chegou ao estágio de storyboards, mas as restrições orçamentárias impossibilitaram a filmagem. O criador de efeitos especiais Mark Shostrom criou um "cadáver de menina" ressequido, que Kristen descobriria que ela estava segurando, mas foi decidido que o item era muito grotesco. Um esqueleto em miniatura foi usado em seu lugar.
Robert Englund improvisou algumas das falas de Freddy Krueger, mas o exemplo mais conhecido aconteceu na cena em que Freddy emergiu do aparelho de televisão e matou Jennifer batendo sua cabeça nele. Para essa cena, sua fala no roteiro foi "É isso aí, Jennifer, sua grande chance na TV!" Robert Englund disse essa frase nas duas primeiras tomadas, mas na terceira, quando Chuck Russell tentou uma tomada em ângulo alternado, Robert Englund mudou para "Bem-vindo ao horário nobre, sua vadia!" Chuck Russell não conseguiu decidir qual versão usar, então ele editou os dois juntos. O ângulo diferente da câmera tornou fácil editar as duas linhas juntas.
Em entrevistas com o elenco e equipe técnica no comentário do DVD, é revelado que a ideia original do filme girava em torno do fenômeno de crianças que viajam para um local específico para cometer suicídio, com sonhos de Freddy Krueger eventualmente descobertos como sendo um elo comum entre os jovens. Na época, o suicídio de adolescentes era uma questão social tabu e isso levou ao abandono desse enredo, embora alguns aspectos permanecessem na versão filmada que ainda retrata o suicídio e a automutilação. Isso foi considerado menos controverso porque esses atos são cometidos com a influência distinta de Freddy, inserindo fantasia suficiente nos atos para removê-los da suposta exploração controversa de jovens perturbados.
De toda forma, revendo em sequência, percebe-se a clara indefinição em que rumo tomar com a história, o que regras seguir. Este é o único grande problema até aqui...