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CONTOS DA ESCURIDÃO (1990) - FILM REVIEW


Contos da escuridão.

Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo


Eu me lembro como adorava alugar VHS com antologias no início dos anos 90. Contos da Cripta, Contos do Além-Túmulo, Horror Nosso de Cada Dia, Horror faz Ronda na Noite e claro, Contos da Escuridão.  Eram sempre irregulares, mas deliciosos de assistir. 

Hoje vou rever Contos da Escuridão, que como de costume, tem três histórias distintas, porém ligadas por uma quarta história onde um garoto lê os três contos de terror, enquanto uma mulher planeja cozinhá-lo para o jantar. 


Na primeira história, uma adaptação de um conto de Arthur Conan Doyle, mostra um estudante que ressuscita uma múmia, e ela passa a atacar estudantes. A segunda história, "Um gato do inferno", é adaptação de um conto de Stephen King sobre um gato que não pode ser morto e faz várias vítimas. 

Na terceira história, um artista falido promete guardar segredo do encontro com um monstro e, em troca, poderá continuar vivo. Ela tem roteiro de Michael McDowell e inspiração no folclore de Yuki-onna, um espírito oriental apresentado por Lafcadio Hearn no livro Kwaidan.


Afinal, o que é Antologia?

Filmes designados como Antologias nada mais são que produções que combinam vários curtas, por vezes interligados e normalmente de 3 a 5 episódios. Pode-se dizer que seu boom aconteceu nos anos 60. Porém, a coisa toda começou bem mais cedo, lá em 1919.

Depois destes primeiros anos, com algumas adaptações europeias, os americanos debutaram, na década de 40, porém em outros gêneros. Daí veio a onda dos anos 60, principalmente envolvendo dois nomes Vincent Price e Edgar Allan Poe. Seguiram-se mais filmes franceses, japoneses até que mais uma onda tomou conta: a britânica.


Nos anos 70, seguiram adaptações feitas pela extinta Amicus, e lendas como George Romero e Stephen King. Daí em diante foram pingando produções aqui e ali, sempre com nomes como Dario Argento, Tobe Hooper, John Carpenter... Muitos contos disto, contos daquilo, sempre alternando ótimas histórias com medianas. E ainda hoje, percebemos o apelo das antologias, que seguem o mesmo padrão.

Creepshow ou Contos da escuridão?

A segunda história, "O Gato do Inferno" (escrita por Stephen King e adaptada para as telas por George A. Romero) foi originalmente planejada para Creepshow 2: Show de Horrores (1987). Posteriormente abandonada devido a razões orçamentárias.


O filme é considerado por muitos fãs e pelo próprio Tom Savini como o "Creepshow 3" oficial. Seguindo o sucesso de Stephen King e George A. Romero,  Creepshow: Arrepio do Medo (1982) e  Creepshow 2: Show de Horrores (1987). 

O motivo é simples: depois de várias negociações e mudanças (devido aos detentores de direitos, etc.), foi tomada a decisão de mudar o título da série para "Tales from the Darkside" (a ser dirigido por ninguém menos que o diretor do Creepshow e roteirista do Creepshow 2, George A. Romero). E os filmes compartilhando muitos elementos da mesma equipe.


O diretor John Harrison iniciou a carreira justamente com Tales from the Darkside, a série, que de certa forma, se assemelha uma antologia, já que cada episódio contava uma história. Aqui no Brasil, ganhou o título de Galeria do Terror. E ele seguiu fazendo episódios de séries de TV como Contos da Cripta, Duna e até o recente Creepshow.

Mas nem sua larga experiência, evitou que Contos da Escuridão tivesse um destino diferente do costumeiro "irregular".


 

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