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CREEPSHOW - SHOW DE HORRORES (1982) - FILM REVIEW

 


Show de Horrores.

Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo


Creepshow é uma antologia de terror lançado em 1982, dirigido por George A. Romero e escrito por Stephen King. É uma homenagem aos quadrinhos de terror da década de 1950, principalmente os publicados pela EC Comics como Tales from the Crypt, The Vault of Horror e The Haunt of Fear. O filme consiste em cinco histórias separadas, enquadradas na narrativa de um menino chamado Billy (interpretado pelo filho de Stephen King, Joe Hill) punido por seu pai abusivo por ler quadrinhos de terror.

Cada segmento de "Creepshow" apresenta uma história de terror diferente com seu estilo e tom únicos:

"Dia dos Pais": a primeira história gira em torno de uma reunião de uma família rica e disfuncional no Dia dos Pais. Eles são aterrorizados por um zumbi vingativo, o patriarca da família, que foi morto por sua filha anos atrás.

"A Morte Solitária de Jordy Verrill": neste segmento, baseado no conto de Stephen King "Weeds", um fazendeiro estúpido chamado Jordy Verrill (interpretado por Stephen King) descobre um pequeno meteorito em sua propriedade. No entanto, sua curiosidade leva a consequências desastrosas.

"Indo com a Maré": esta história segue um marido rico e sádico, Richard Vickers (interpretado por Leslie Nielsen), que descobre a infidelidade de sua esposa. Ele trama uma vingança cruel prendendo ela e seu amante em uma sepultura, mas com um resultado inesperado.

"A Caixa": este segmento gira em torno de uma caixa misteriosa descoberta sob as escadas de uma universidade. Quando aberta, revela uma criatura monstruosa que causa estragos naqueles que o encontram.

"Vingança Barata": A história final é um conto claustrofóbico ambientado inteiramente no apartamento hermeticamente fechado de um germofóbico. Enquanto ele luta contra uma infestação de baratas, sua paranoia e medo aumentam para níveis horríveis.

''Creepshow" recebeu críticas positivas por sua homenagem aos quadrinhos clássicos de terror, seu humor negro e sua narrativa criativa. O estilo visual do filme, o uso inovador de painéis de histórias em quadrinhos e os efeitos práticos aumentaram seu apelo. Tornou-se um clássico cult e gerou uma sequência, "Creepshow 2", em 1987. Em 2019, também foi lançada uma série de televisão Creepshow, inspirada no formato antológico do filme.

O diretor:

George A. Romero (1940-2017) foi um cineasta e roteirista americano mais conhecido por suas contribuições ao gênero de terror. Ele é frequentemente referido como o "Pai dos filmes de zumbi" por seu trabalho inovador no clássico filme "A Noite dos Mortos-Vivos" (1968) e suas sequências.

Romero nasceu em 4 de fevereiro de 1940, no Bronx, na cidade de Nova York. Ele estudou na Carnegie Mellon University em Pittsburgh, Pensilvânia, onde se formou em Teatro e Belas Artes. Após concluir seus estudos, Romero iniciou sua carreira na indústria cinematográfica, inicialmente trabalhando em comerciais e filmes industriais.

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Em 1968, Romero co-escreveu e dirigiu "Noite dos Mortos Vivos", um filme de terror em preto e branco de baixo orçamento que revolucionou o gênero. O filme retratava um grupo de pessoas presas em uma casa de fazenda durante um apocalipse zumbi, confrontando questões de raça, violência e colapso social. Ele foi um sucesso comercial e de crítica, estabelecendo Romero como uma figura significativa no cinema de terror.

Além de seus filmes de zumbis, Romero também dirigiu outros de terror como "O Exército do Extermínio" (1973), "Martin" (1976) e "Creepshow" (1982). Ele trabalhou em produções independentes e de estúdio ao longo de sua carreira.

As contribuições de George A. Romero para o gênero de terror se estenderam além de sua produção cinematográfica. Ele inspirou inúmeros cineastas e escritores com sua abordagem única para contar histórias de terror, enfatizando comentários sociais e personagens realistas em situações fantásticas.

Romero faleceu em 16 de julho de 2017, em Toronto, Canadá, após uma breve batalha contra o câncer de pulmão. Seu legado como cineasta visionário e seu impacto no gênero de terror continuam a influenciar os cineastas até hoje.


Considerações. 

Quem tiver a oportunidade de assistir ao filme dublado, terá o prazer de ouvir a fabulosa dublagem de Leslie Nielsen, imortalizada em Corra Que a Polícia Vem Aí. Curioso que a interpretação do ator nos momentos mais tensos, é engraçada, evocando os melhores momentos do tenente Frank Drebin.

E parece que o ator era engraçado do lado de fora das telas, pelo menos na época. Enquanto ele trabalhava em suas cenas, Nielsen tinha um "simulador de peido" no bolso. Ele usava durante os ensaios ou pouco antes do diretor George A. Romero gritar "Ação", fazendo com que Ted Danson e a equipe caíssem na gargalhada.

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Stephen King teve uma reação alérgica à maquiagem que usou para a transformação de Jordy Veril. Ele foi submetido a injeções e medicamentos "para que o trabalho fosse suportável".

O apelido no set para o monstro no caixote na quarta história era "Fluffy", dado pelo próprio George. A. Romero. O criador da criatura (e maquiador de todo o filme), Tom Savini, faz uma ponta como lixeiro no final do filme. Fluffy foi a primeira criatura totalmente animatrônica que Savini criou. Ele recorreu a Rob Bottin, o técnico de efeitos de O Enigma de Outro Mundo (1982), Grito de Horror (1981) e O Vingador do Futuro (1990)  pedindo conselhos sobre como conceber a criatura.

Dois dos personagens apresentados no filme, Tabitha e Richard (Os novos professores na recepção do corpo docente no início do quarto segmento), receberam o nome de Tabitha King (esposa de Stephen King) e Richard Bachman (o pseudônimo que King costuma usar).


No filme há uma homenagem a O Enigma de Outro Mundo (1982) de John Carpenter, que se passa na Antártida. A caixa, descoberta no quarto segmento, tem "Entrega para a Universidade de Horlick, por Julia Carpenter; Expedição no Ártico, 19 de junho de 1834." O filme original, O Monstro do Ártico (1951) , se passava no... Ártico.

Adrienne Barbeau ainda era casada com John Carpenter quando Creepshow foi lançado. Carpenter fez a versão cinematográfica de Christine, o Carro Assassino (1983), de Stephen King. Além disso, Hal Holbrook e Tom Atkins, que estrelaram este e A Bruma Assassina (1980) com Adrienne, dirigido por Carpenter. 


Aliás, este é um dos quatro filmes que Adrienne Barbeau e Tom Atkins co-estrelaram juntos. Os outros três foram Fuga de Nova York (1981), A Bruma Assassina (1980), e Dois Olhos Satânicos (1990). Em todos os quatro filmes, eles nunca aparecem juntos na tela. Dois filmes de Carpenter, dois de Romero.

E para finalizar, Romero afirmou que as baratas eram a parte mais cara do filme. Elas custavam cinquenta centavos a peça e usaram mais de duzentos e cinquenta mil delas, um total geral de cento e vinte e cinco mil dólares só com baratas. 

Um verdadeiro Show de Horrores.



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