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PACTO MALIGNO (2014) - FILM REVIEW


Mercy

Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo

O mérito

A Blum House é uma produtora que se tornou sinônimo de filmes excelentes, com orçamentos baixíssimos e com ótimos retornos financeiros. Basta citar obras como Atividade Paranormal, Corra, A Entidade, Uma Noite de Crime e Sobrenatural. Inclusive vários viraram franquias. Até nomes como M. Night Shyamalan encontraram refúgio na Blumhouse para se restabelecerem.

O modelo da empresa segue a produção de filmes com um orçamento pequeno, dar liberdade criativa a seus diretores e lançá-los amplamente no sistema de estúdio. Ela foi fundada no ano  2000  por Jason Blum.

O marco zero do sucesso foi a história de Micah e Katie, assombrados num dos melhores filmes de horror dos últimos tempos: Atividade Paranormal, de 2007. O filme, bem simples de ser feito, mostrou que havia aprendido com  A Bruxa de Blair, de 1999, que resgatou o subgênero do found footage (aquele conhecido popularmente como "câmera tremida"), que é um recurso barato e que te joga na tensão da cena de forma muito realista. E o "Found footage" viveu seu melhor momento após a Bruxa de Blair, inclusive expandindo para outros gêneros de forma bastante orgânica.

O grande mérito de Pacto Maligno é justamente a produção. O filme americano de terror foi lançado em 7 de outubro de 2014, sendo dirigido por Peter Cornwell e estrelado por Frances O'Connor, Chandler Riggs, Joel Courtney, Shirley Knight e Dylan McDermott. Além disso, ele é baseado no conto "Gramma", de Stephen King. 

No filme, uma mãe solteira e seus dois filhos mudam-se para a fazenda da avó Mercy. No entanto, eles logo descobrem um segredo obscuro sobre sua avó e encontram forças sobrenaturais que colocam suas vidas em perigo.

E como disse acima, o mérito do filme é a produção. Os elogios ficam por conta de sua filmagem atmosférica. O clima sombrio é o pano de fundo perfeito para uma história de fantasmas que jamais funciona.

"Gramma" é um conto escrito por Stephen King, publicado originalmente na edição de novembro de 1984 da revista Weirdbook, e mais tarde incluído na coleção de contos de King de 1985, intitulada "Skeleton Crew". A história gira em torno de um menino chamado George, seu irmão mais velho, Buddy, e sua avó idosa, a quem eles chamam carinhosamente de "Gramma".

A narrativa se desenrola quando a mãe dos meninos os deixa sozinhos com a vovó em sua remota casa de fazenda enquanto ela corre para o hospital para ver o pai gravemente doente. À medida que os meninos tentam cuidar da avó, eles gradualmente percebem que há algo profundamente perturbador nela. O estado físico e mental da vovó deteriora-se rapidamente à medida que seu comportamento se torna cada vez mais bizarro e assustador. George começa a suspeitar que sua amada avó pode estar ligada a forças sobrenaturais obscuras.

A história investiga temas de família, o desconhecido e o medo inerente do sobrenatural. Explora a ideia de uma figura aparentemente inocente e familiar que abriga uma natureza oculta e malévola. King cria magistralmente tensão e suspense à medida que a história avança, levando a um clímax arrepiante.

"Gramma" é um excelente exemplo da capacidade de Stephen King de misturar cenários cotidianos com elementos de terror, criando uma atmosfera misteriosa e desconforto psicológico. Ele mostra seu talento para criar histórias que exploram medos profundamente enraizados e deixam uma impressão duradoura no leitor.

Como podemos ver, com essas breves palavras após assistir à adaptação, podemos dizer que o filme é fiel ao conto em tudo, menos na avaliação. É um dos poucos filmes da Blumhouse ou adaptações de Stephen King que é completamente esquecível. E curiosamente, não diria que é um filme ruim. Mas ele não tem qualquer traço de força narrativa. Não há emoção pelos acontecimentos, empatia pelos dramas e nem mesmo o tradicional bullying mostrado no início rende uma boa história. 

E o Kingverse?

De forma tímida. A marca da fralda geriátrica é Bachman. Richard Bachman era o pseudônimo de Stephen King em algumas obras.

E só. Nem mesmo o cão se parece com Cujo ou a cena do machado remete a O Iluminado. 

Ou se era a intenção remeter, sugiro fingir que não percebeu.


 

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