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UM CASAL PERFEITO (2014) - FILM REVIEW


Um bom casamento.

Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo


Gosto tanto de explorar o mundo do Stephen King nos meus posts que coloquei uma tag fixa no site. Com o tempo, assumi o desafio de falar sobre qualquer adaptação, até mesmo as impopulares ou aquelas que eu não gostava, 

"A good marriage" ou "Um casal perfeito" ou ainda "Um bom casamento" é um dos filmes menores. Eu particularmente adoro revisitar filmes. O cinema é tão pessoal que nossas mudanças com o tempo mudam a nossa percepção de uma obra. Para o bem ou para o mal. Não são os filmes que mudam com o tempo. Somos nós mesmos.

Na história, uma dona de casa (Joan Allen) aproveita que seu esposo (Anthony LaPaglia) está fora de casa devido a uma viagem a trabalho, e vai até a garagem procurar baterias. Porém, em meio a diversas caixas antigas, Darcy acaba descobrindo um segredo que pode abalar todos os 20 anos de um bom casamento.


Como não poderiam faltar referências ao cinema de horror, na primeira noite de Allen em casa, um filme do gênero passa na TV (The Bleeding - 2011) enquanto descobrindo um quadro de pássaros bem sugestivo além do fato deles morarem numa casa similar à do filme Amityville. Antes que alguém pergunte que raios de filme é este na TV, a resposta é simples: foi um filme que o diretor deste Good Marriage, Peter Askin, produziu.

Noutro momento, Holt Ramsey (Stephen Lang) conta uma história onde ele fala sobre bater seu carro em um homem que ele estava perseguindo, ele diz "Ele estava em chamas gritando, suponho que o salvou de ir para Shawshank". Para quem não se lembra,  Shawshank é o nome da prisão de "Um sonho de liberdade", magistral filme baseado também na obra de King. 


Em 19 de maio de 2012, o ScreenDaily liberou a informação que Will Battersby e Peter Askin estavam produzindo uma adaptação de A Good Marriage.  Askin foi anunciado como diretor e com o roteiro de Stephen King de sua própria novela. Em 11 de setembro de 2012, Joan Allen foi anunciada como a protagonista do filme. Curiosamente, as incursões diretas de King no cinema, seja como Diretor, seja como Roteirsta, não são unanimidades. O filme foi lançado nos Estados Unidos em 3 de outubro de 2014.

King disse que teve influência do assassino em série Dennis Rader ao escrever a história. Rader era assíduo leitor de King. Ele é mundialmente conhecido como o Assassino BTK, nome que ele próprio colocou. Sua passagem pelo mundo do crime foi notória, ainda que se pareça menos cruel que os crimes de hoje. 


Em janeiro de 1974, na pequena cidade de Wichita, no interior do estado do Kansas, nos EUA, Dennis Rader, um aparentemente tranquilo e pacato funcionário público municipal e chefe-escoteiro, começou com uma série de assassinatos. Auto-intitulado BTK (Bind-Torture-Kill, que quer dizer "Amarrar-Torturar-Matar"), o assassino ridicularizou as autoridades policiais com pistas e cartas endereçadas à mídia, reivindicando a autoria de crimes. Nestas cartas ele relatava como praticava os crimes, descrevendo-os friamente e criando uma atmosfera de terror e medo na pequena Wichita. 

Depois de 1991 ele ficou em "hiatos", sem se saber o porquê de ter parado de matar a partir desta data. No entanto, na mesma época ele começou a trabalhar como “Homem da Carrocinha”, usando até armas com tranquilizantes para pegar os cachorros das ruas e inclusive se envolvendo em alguns problemas com os donos de alguns animais que sumiram de certas residências. 


Em 2004, ele voltou a enviar cartas para a mídia local, o que acabou levando à sua prisão. Dennis Rader foi preso em 26 de fevereiro de 2005 pelo Chefe de Polícia de Wichita, quando, friamente e sem demonstrar arrependimento, assumiu ser o temido assassino BTK. Ele foi acusado de 10 homicídios. Fez mais vítimas do sexo feminino do que homens e numa de suas confissões disse que sua satisfação sexual ocorria enquanto estrangulava as mulheres.

O filme, como dito, é uma adaptação de  Escuridão total sem estrelas de 2010.  Ele é uma coleção de quatro novelas do autor, todas tratando do tema "vingança". Big Driver, que se tornou Impulso de vingança e que mostra Tess (Maria Bello), uma famosa escritora de mistério que está parada em uma estrada isolada após seu pneu furar. Ela recebe a ajuda de um homem, mas logo depois descobre que ele é um serial killer. Após ser atacada e deixada à beira da morte, Tess consegue sobreviver, mas fica obcecada por vingança; 


Um bom casamento, lançado em 2014 e mostra o casal Darcy e Bob, que estão juntos há 25 anos, e levam um relacionamento tranquilo e amoroso. Um dia, no entanto, uma série de assassinatos começa a acontecer na região, e Darcy suspeita que seu marido seja o responsável pela morte brutal de mulheres no local. Como lidar com o segredo?;

1922, que foi adaptado pela Netflix em 2017 e conta a história de Wilfred James (Thomas Jane), até então um pacato fazendeiro que bola um plano macabro para solucionar o seu problema financeiro. Ele decide assassinar Arlette (Molly Parker), sua mulher. Mas, para conseguir fazer tudo direito, Wilfred precisa convencer Henry (Dylan Schmid), seu filho, a ajudá-lo; E finalmente "Fair Extension" que ainda não virou longa-metragem. Já no posfácio da coleção, King. Desde o fato de sua esposa não desconfiar de nada ao cidadão irretocável que era o assassino, na visão dos amigos e vizinhos.

No final das contas, este é mais um bom filme de Stephen King para ter na coleção, mesmo que seja só para enfeitar a estante.

https://www.pipoca3d.com.br/2020/08/um-casal-perfeito-2014-film-review.html
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