A EXPERIÊNCIA - SAGA REVIEW
Espécies
Do ponto de vista de quem viveu o auge cinéfilo entre o final dos anos 80 e início dos 90, com advento do Tela Quente, Cinema em Casa, locadoras de filmes e os piratas ainda acessíveis, o cinema de ação e ficção decaiu de meados dos anos 90 ao início de 2000. Curiosamente, o cinema piorou tanto, que estas obras ganharam força e fãs ao longo dos anos e ao revisitá-las hoje, conseguimos reconhecer que elas ainda tinham pedigree.
A Experiência e suas continuações são justamente deste momento. E por isso é sempre bom revisitá-las, para ter uma melhor impressão destas obras.
🔷A Experiência (1995)
Imagine um filme de ficção com Ben Kingsley, Michael Madsen, Alfred Molina, Forest Whitaker e Michelle Williams? Hoje parece um super elenco, mas na época não era tanto assim, a não ser por Ben, já consagrado por Gandhi. Na época, eu havia reparado que Richard Edlund era o supervisor de efeitos especiais.
Ele havia feito trabalhos pela ILM (onde foi membro fundador) como Guerra nas Estrelas, O Império Contra-Ataca, Os Caçadores da Arca Perdida, Poltergeist: O Fenômeno. Em 1983, após a conclusão de O Retorno de Jedi, Edlund criou sua própria empresa de efeitos, a Boss Films e fez filmes como Duro de Matar e Os Caça-Fantasmas. Em 1995 já não fazia nada de relevante.
Também não reparei que H.R. Giger, de Alien - O 8º Passageiro foi o designer da 'Sil' neste "A Experiência" e responsável por artes conceituais. Este primeiro filme é um tipo de road movie (não há fuga pela estrada, mas é basicamente, um filme de fuga).
Na trama, um ser alienígena é o resultado de um código genético desconhecido enviado do espaço e recebido por cientistas. Após o nascimento da criança e seu rápido desenvolvimento, há uma ordem para matar a "menina", que é meio humana e meio extraterrestre, mas ela foge do laboratório onde é mantida. Enquanto procuram por uma criança, ela se transforma em uma atraente mulher (Natasha Henstridge), que deseja acasalar rapidamente para proliferar a sua espécie.
Elencando
Primeiro trabalho da modelo Natasha Henstridge no cinema, que de memorável, fez apenas "Risco Máximo" no ano seguinte, com Van Damme. Já o diretor Roger Donaldson, que sempre foi competente no cinema de ação, se aventurou aqui pela primeira e última vez, no cinema de ficção.
Ao ator Pierce Brosnan foi oferecido um papel neste filme, mas recusou devido a conflitos de agenda com 007 Contra GoldenEye (1995). Ele trabalhou com Roger Donaldson em O Inferno de Dante (1997). Andrzej Bartkowiak foi o diretor de fotografia de ambos os filmes. Brosnan trabalhou com o diretor novamente, quase vinte anos depois, no ótimo "November Man: Um Espião Nunca Morre".
Ben Kingsley interpreta um cientista que usa engenharia genética para criar uma criatura que ele não pode controlar. Os cientistas do Jurassic Park cometeram o mesmo erro. Esses cientistas trabalham para o personagem de Richard Attebborough. Attenborough dirigiu Kingsley em Gandhi.
Giger
Durante a produção, a MGM não autorizou a filmagem das cenas do trem devido a restrições orçamentárias. H.R. Giger, membro da equipe técnica, investiu pessoalmente 100 mil dólares para financiar as filmagens. Na cena em que Sil "nasce" do casulo, o cenário do trem foi construído de forma invertida. Natasha Henstridge, completamente nua e coberta de lubrificante KY Jelly, foi empurrada através do casulo, e a cena foi virada novamente para criar o efeito de sua queda.
O diretor Roger Donaldson disse em uma entrevista para a Starlog Magazine em agosto de 1995 que o primeiro corte do Editor Conrad Buff IV tinha duas horas e sete minutos de duração, e uma sequência de ação final diferente e batalha com Sil. Algumas cenas do final original podem ser vistas no trailer.
A versão original, apenas de efeitos, da cena do pesadelo de Sil, onde ela sonha consigo mesma em sua forma alienígena, acasalando-se com um alienígena do sexo masculino, durou vinte minutos e era muito mais detalhada e gráfica. HR Giger adorou a versão sem cortes da cena. Giger também teve a ideia de matar Sil explodindo sua cabeça, já que ele achava que sua morte original, onde ela é queimada viva com um lança-chamas, era fraca.
Ele tinha algumas outras sugestões para o final, uma das quais incluía um final muito maior e mais cheio de ação em um cinema drive-in mostrando Alien (1979), de Ridley Scott, um filme no qual Giger também trabalhou.
Já o beijo fatal entre Sil e Robbie era inicialmente ainda mais macabro, com a língua de Sil penetrando a garganta de Robbie, utilizando farpas afiadas como anzóis para extrair seus órgãos internos através da boca. Essa cena foi uma reciclagem de um conceito descartado de "Alien³" (1992), no qual o Alien executaria um prisioneiro de maneira semelhante. No entanto, o estúdio rejeitou essa ideia para evitar uma classificação X.
Ao longo do filme, ele evolui para uma variação de "Força Sinistra", onde Sil é retratada como uma vampira sexual, em semelhança à obra-prima de Tobe Hooper. A premissa da criação de Sil, envolvendo a detecção de transmissões extraterrestres com instruções detalhadas para gerar uma forma de vida humanoide, assemelha-se notavelmente à trama da série de TV da BBC "A for Andrômeda" (1961), coescrita pelo astrônomo Fred Hoyle e pelo autor John Elliot.
A distinção principal entre essas narrativas reside no fato de que, neste filme, a Terra recebe duas transmissões alienígenas. A primeira transmissão apresenta uma fórmula para um novo processo químico utilizando metano, que promete uma fonte de energia praticamente inesgotável, convencendo a humanidade das boas intenções dos alienígenas.
A segunda transmissão contém as diretrizes para a criação de Sil. Por outro lado, em "A for Andromeda" (1961), a Terra recebe apenas uma transmissão alienígena, que oferece instruções para a construção de um novo tipo de supercomputador.
A construção da experiência
Dennis Feldman teve a ideia para o filme em 1987, enquanto trabalhava em outro filme sobre uma invasão alienígena, Real Men: Operação Extraterrestre. O conceito inicial veio de um roteiro não filmado que focava em um grupo de cientistas que recebem uma mensagem extraterrestre que contém instruções para criar uma criança híbrida alienígena-humana.
A Dark Horse publicou uma adaptação de história em quadrinhos de quatro edições escrita por Dennis Feldman, o roteirista do filme, e desenhada por Jon Foster.
Foi seguida por duas continuações alternativas de história em quadrinhos - a de quatro edições "Species: Human Race" pela Dark Horse, apresentando um alienígena masculino, e o especial "Species: Offspring" pela Avatar Press, apresentando a própria Sil.
A Experiência fez parte de um ciclo de filmes envolvendo ataques alienígenas de meados dos anos 90 (Invasão, Independence Day, Marte Ataca, Invasores de Corpos, Prova Final, entre outros), e como os citados, marcou o público e foi sucesso no cinema.
Ainda que não seja tão memorável quanto outros do gênero, a produção não ficou datada e com o passar dos anos, o filme de Donaldson merece melhores reavaliações.
🔷A Experiência II (1998)
Após "vinte e cinco ganchos" deixados pelo final anterior, era natural que a história continuasse. Na trama, o filho de um senador americano (Justin Lazard) é o primeiro homem que pisa em Marte, logo se tornando um herói. Porém, ele foi infectado por um DNA alienígena que o transforma em um ser preocupado apenas em ter relações com mulheres da terra, que possam lhe dar filhos.
Em cada relação ele gera um novo ser, enquanto a mulher morre. O herói, sentindo que algo está errado com ele, tenta conversar com o pai (James Cromwell), mas este já sonha em torná-lo presidente dos Estados Unidos.
Quando o filho do senador toma consciência de que se tornou um monstro, estoura a cabeça com um tiro, mas automaticamente o DNA que está em seu corpo regenera tudo que foi destruído. Este fato é testemunhado por um companheiro da missão espacial que não foi infectado, por ser portador de uma anemia. Ele relata o acontecido a um mercenário (Michael Madsen) e a uma cientista (Marg Helgenberger).
No passado ambos tinham ajudado a eliminar uma alienígena (Natasha Henstridge), que também infectava os humanos através de relações. A pesquisadora fez um clone desta alienígena, que é mantida sobre a mais rígida segurança, mas telepaticamente os dois alienígenas se comunicam e um desejo enorme entre eles de terem relações e procriarem pode ser fatal para os humanos.
Inacreditavelmente, aproveitam o elenco restante do filme anterior, mas elaboram uma nova história, quando poderiam focar na criança e no rato infectado. Mas ao invés disto, inventam de clonar o alien anterior e promover uma nova contaminação de outra tripulação.
O produtor Frank Mancuso Jr. colaborou na escrita de um roteiro para essa sequência juntamente com Chris Brancato, o qual explorava o final de suspense do primeiro filme envolvendo um rato infectado que se alimentava dos restos mortais de Sil. No entanto, essa ideia acabou não sendo utilizada, o que gerou críticas dos espectadores, que lamentaram o fato de o suspense em torno do rato alienígena infectado não ter sido desenvolvido mais adiante.
A direção de Peter Medak, que até então trabalhou em vários filmes interessantes, tem aqui seu pior momento, realizando uma variação do cine privé com cine trash, mas sem nunca realmente aprofundar num deles. O filme foi lançado nos cinemas em 10 de abril de 1998. Foi um fracasso comercial e crítico em comparação com seu antecessor,
A inspiração da história veio da obra-prima "Sob o Domínio do Mal", de John Frankenheimer, com Frank Sinatra, Janet Leigh, Laurence Harvey. Para quem não lembra, na trama, Raymond Shaw (Laurence Harvey) é um militar americano que, ao retornar da Guerra da Coreia, recebe as mais altas homenagens pelos seus atos de heroísmo.
Mas em seu pelotão há incerteza de como tais atos de bravura foram cometidos e quando Bennett Marco (Frank Sinatra), seu oficial comandante e outro soldado começam a ter frequentes pesadelos relacionados com a Coreia, eles chegam à conclusão de que todo o pelotão foi submetido a uma lavagem cerebral.
E que o "herói" era, na verdade, um soldado, que tinha sido programado como assassino sem sentimento de culpa ou lembrança do seu crime (dois soldados mortos do seu batalhão, na realidade, tinham sido mortos pelo "herói", quando a ordem de matar foi dada a ele), tendo se tornado apenas uma peça controlada pelos inimigos.
Mérito (???) do roteirista Chris Brancato, que pediu ao produtor Frank Mancuso Jr. que pudesse fazer muito além de apenas uma continuação esquecível. Curiosamente, foi exatamente o que ele fez.
Michael Madsen e Natasha Henstridge repudiaram o filme, alegando odiá-lo. Em relação a HR Giger, ele realmente solicitou uma redução de crédito em seu envolvimento, não tendo ficado impressionado com o filme também.
A produção foi um fracasso de bilheteria. Apesar de ter tido um orçamento equivalente ao do primeiro filme (35 milhões de dólares), arrecadou ainda menos em todo o mundo, com apenas 26,8 milhões de receita, em comparação aos 113 milhões do filme original. Esse desempenho levou as sequências subsequentes, "A Experiência 3" (2004) e "A Experiência 4" (2007), a serem lançadas diretamente para a televisão, fazendo deste o último filme da franquia a ter um lançamento nos cinemas.
EVE (Experimento de Vulnerabilidade Extraterrestre)
Inicialmente, no roteiro, Eve foi concebida como mais um híbrido humano-alienígena experimental e não como um clone de Sil. Essa abordagem foi tomada antes da confirmação de Natasha Henstridge para reprisar seu papel, com a previsão de que, caso ela recusasse, Eve seria introduzida como um novo personagem.
No entanto, Henstridge aceitou retornar por que gostou dos rascunhos anteriores do roteiro e ao desejo de colaborar com o diretor Peter Medak, a quem ela admirava. Com o retorno de Henstridge, a personagem de Eve foi ajustada para ser de fato um clone de Sil, com a justificativa de que sua criação foi baseada em amostras de DNA obtidas por Laura Baker.
A nudez é controversa ou as pessoas só querem conversa?
O diretor Peter Medak se sentiu desconfortável filmando as cenas de nudez para o filme, mas acabou achando que elas eram necessárias para a história.
O primeiro filme foi duramente criticado pela sexualização de Natasha Henstridge. Por isso os produtores dessa vez sexualizaram o personagem de Justin Lazard, originalmente Patrick teria mais nudez em sua forma humana. Justin Lazard teve que treinar fisicamente para manter uma aparência sexy e atraente para o personagem.
Ele tinha muita nudez e erotismo na versão preliminar porque a intenção era que fosse uma contraparte de Sil/Eve. No entanto, em muitas das exibições de teste, o público masculino reclamou, então a sexualização do personagem foi suavizada.
Raquel Gardner teve que passar horas completamente nua enquanto filmava sua cena no quarto com Patrick. Primeiro fazendo sexo com o ator, e então entrelaçada com o boneco alienígena de tamanho real de Patrick enquanto ela estava cercada pelas equipes masculinas de filmagem e efeitos especiais. Ela disse que felizmente a nudez nunca a incomodou. Além disso, as equipes foram muito respeitosas.
Ou seja, reclamaram da nudez feminina do primeiro filme, colocaram nudez masculina no segundo, daí reclamaram.
A nudez não é controversa.
As pessoas que só querem "conversa fiada"...
🔷A Experiência III (2004)
Este terceiro filme, que deve ser visto com total falta de pretensão, consegue um resultado sensivelmente melhor que o anterior. Não só pelo ótimo ator da série Prison Break, mas pela direção, que traz movimentos de câmera bem mais adequados ao estilo do filme.
Na trama, a filha de Eve (Natasha Henstridge), Sara (Sunny Mabrey), faz parte da 3ª geração de alienígenas na Terra. Existem outros da sua espécie, mas Sara é mais resistente aos diversos tipos de doença do planeta. Ela vive na casa de um professor universitário, Abbot (Robert Knepper), que a sequestrou do governo quando era apenas um bebê, ou seja, poucos dias atrás, pois ela cresce 15 centímetros por dia e em breve será uma adulta.
Abbot quer criar o espécime perfeito e obter reconhecimento internacional, mas várias coisas começam a dar totalmente errado e mortes acontecem. Além disto, outros alienígenas mestiços começam a apresentar sérios problemas de saúde, mas uma dela, Amelia (Amelia Cooke), parece estar disposta a tudo para poder sobreviver.
O produtor Frank Mancuso Jr. queria que as criaturas parecessem um pouco diferentes do conceito original de HR Giger. Ele não contribuiu para os desenhos deste filme e as criaturas foram redesenhadas por Rob Hinderstein. O roteiro mudou o foco principal, que, a meu ver, pareceu algo esperto de fazer. No primeiro filme, a trama é sobre a alien buscando fazer sexo para engravidar. No segundo, o roteiro foca num casal de aliens buscando fazer sexo.
Aqui, a trama enfoca outras questões dos aliens além, claro, de Sunny Mabrey (atriz muito parecida com Natasha Henstridge) querendo acasalar. Mas ela só fica nua em cena lá pelos 40 minutos e se nega a transar com Christopher Neame (aquele de Perigo Mortal com Chuck Norris). O sexo é parte da trama, não o foco.
A origem do mal (feito)
O Sci-Fi Channel é um canal fundado em 1992 e depois renomeado como Syfy, para dar estilo ao nome, mas esquecendo o principal: trazer qualidade às suas produções. Os filmes originais do canal são "B", feitos de forma independente, com orçamentos entre US$ 1 milhão a US$ 2 milhões cada.
Geralmente são protagonizados por atores que não encontram mais trabalhos e precisam pagar suas contas. O problema do canal é o foco em efeitos especiais mal feitos e amadores. Eles se especializaram em disaster movies e filmes de ataques de animais e eventuais crossovers como Mega Piranha (2010), Apocalipse a Ameaça dos Meteoros (2010), Mega Tubarão vs. Crocossauro (2010), Tornado de Metal (2011), Sharknado Saga (2013 a 2020), Tubarão Atômico (2016), O Ataque do Tubarão de 5 Cabeças (2017).
Entre uma produção e outra, se aventuraram com continuações de sucessos, como Cubo 2 - Hipercubo (2002), A Volta dos Mortos-Vivos: Necrópole (2005), Anaconda 3 (2008) e Vingança em Chamas.
Talvez por ter um orçamento menor, o diretor optou por um filme mais "pé no chão". E ao maratonar, percebemos que este terceiro filme é claramente melhor que o anterior. Mas a primeira impressão é de que foi mais uma continuação oportunista, tentando capitalizar em cima do primeiro, o que, no fundo, não deixa de ser isso mesmo.
E um adendo: o ator Robin Dunne fez Psicopata Americano II, Sociedade Secreta II, Segundas Intenções 2 além deste Experiência III. Seria um pacto para fazer somente continuações ruins?
Sequela é sequência em italiano. Mas este Experiência, além de ser uma sequela (continuação) é também uma anomalia consequente de uma moléstia (filme 2), da qual deriva direta ou indiretamente, ou seja, uma sequela.
🔷A Experiência 4: O Despertar (2007)
Como ocorre em várias franquias (Profecia, Karatê Kid), o quarto filme sofre uma completa reestruturação, tirando do seu quadro quase tudo que conectava os filmes anteriores, como elenco e equipe técnica. Não é incomum mudar até de estúdio.
Na trama, quando a brilhante professora Miranda Hollander passa por uma misteriosa ausência de consciência e acorda em meio a uma sangrenta matança em massa, ela recorre a seu tio em busca de respostas. Mas ele lhe revela a estarrecedora verdade: ela é apenas metade humana, um clone de um híbrido humano com DNA alienígena. Agora, eles precisam ir correndo ao México na esperança de localizar o cientista que a criou. Em pouco tempo, eles se veem envolvidos por uma batalha com uma horda de híbridos violentos e implacáveis.
O filme prova como inventam franquias que vão durando indefinidamente, conforme a disposição do produtor em investir no projeto. A franquia "A Experiência" até que durou pouco, já que eles costumam filmar roteiros esquecidos em uma gaveta e batizá-los com o nome de alguma franquia que encontram relação.
O despertar
Quem escolheu o subtítulo do filme sequer entendeu o que se passou já que o tal despertar não faz sentido. A franquia "Experiência" parece um desabamento, que filme a filme, chega mais próxima do chão. Eu diria que o processo acelera com o terceiro e dá uma ligeira desacelerada com este quarto, já que ele é um pouco melhor.
Mas a cada filme, ele se tornam mais tolos, menos preocupados com suas histórias, mais vazios em suas cenas de ação (e ricos em nudez desnecessárias) e menos cuidadosos em sua produção, culminando nos resultados que conhecemos e nas avaliações que se seguiram.
Eu, honestamente, prefiro ver este quarto filme como uma obra que foi até onde poderia ir. Se olharmos os envolvidos, é o melhor filme que eles poderiam fazer. E rever os 4 filmes não foi uma missão tão dura quanto assistir à série Amityville ou Hellraiser. Com Amityville, por exemplo, pipocaram "continuações" nos últimos anos, filmes que não tinham qualquer ligação com o original, a não ser o nome Amityville no título, o que tornou a pesquisa sobre os filmes canônicos mais complexa.
A volta dos que não foram…
Diferente do que aconteceu no longa anterior, os produtores optaram por voltar ao visual alienígena criado por H.R. Giger e admirado pelos fãs da franquia, utilizado nos dois primeiros títulos, mas com algumas pequenas diferenças com a utilização de mais de uma cor, entre outras e picos novos nos pulsos.
Também é a primeira vez que as criaturas não se transformam totalmente, ficando meio humanas-meio alienígenas, revelando sobrancelhas mais exageradas, veias aparentes e mantendo contato maior em mais de uma cena. E foi o único da marca "A Experiência" a não ter um final que deixasse alguma dica de que teria uma sequência.
Acho que pensaram que a saga encontrou aqui o seu fundo do poço. Mas para um filme de horror, todo fundo de poço tem um ralo.