EXTERMINADOR DO FUTURO - SAGA REVIEW
Hoje vou revisar a saga idealizada pelo sonho do diretor que reclama que a Marvel domina o mundo, mesmo tendo criado uma obra e uma franquia para dominar o mundo, fato que conseguiu incluisive.
Boa sessão:
É curioso como alguns elementos se juntam e formam um todo muito maior que o valor individual de cada um. Quem era James Cameron em 1984? Diretor e roteirista do problemático Piranha 2: Assassinas Voadoras. Quem era Arnold Schwarzenegger? Uma montanha de músculos que mal sabia falar inglês, quanto mais atuar. Linda Hamilton? Michael Biehn? O Exterminador do Futuro foi o feliz resultado que mudou a vida de todos os envolvidos.
Em O Exterminador do Futuro, duas figuras vem do futuro com missões diferentes. Kyle Reese (Michael Biehn), o humano, vem com objetivo de proteger Sarah Connor (Linda Hamilton). O T-800, uma máquina de matar, tem a missão de exterminar Sarah. Ao descobrimos que num futuro próximo, a guerra entre humanos e máquinas foi deflagrada.
Com a tecnologia a seu dispor, um plano é arquitetado pelas máquinas ao enviar para o passado um ciborgue para matar a mãe daquele que viria a se transformar num líder da resistência. Contudo, os humanos também conseguem enviar um representante para proteger a mulher e tentar garantir o futuro da humanidade.
Pela primeira vez na TV
1988 foi o ano que mudou minha vida cinematográfica e a sessão Cinema em Casa fez parte dela de forma substancial. Quando o SBT anunciou "O Exterminador do futuro" pela primeira vez na TV, mal pude esperar para chegar o dia de assisti-lo. Silvio Santos mirou na audiência (e obteve um sucesso), mas acertou (também) no coração dos cinéfilos em formação.
Originalmente, o papel do Exterminador seria de Lance Henriksen, cabendo a Arnold Schwarzenegger, o papel do guerrilheiro que volta ao passado para proteger Sarah Connor. Entretanto, James Cameron, imaginou Reese como um homem não corpulento e mais sensível, então ele não estava nada entusiasmado em escalar um ex-Mr. Universo para o papel.
Schwarzenegger demonstrou grande entusiasmo com o roteiro em geral, e seu antagonista sombrio em particular, dando dicas de como esse vilão deveria se comportar. Foi então que Cameron mudou de ideia e ofereceu a Schwarzenegger o papel-título de O Exterminador do Futuro,
Arnold praticou com armas todos os dias durante um mês para se preparar para o papel. Nas primeiras duas semanas de filmagem, ele fazia desmontagem e remontagem de armas com os olhos vendados até que os movimentos se tornassem automáticos, como uma máquina. Ele passava horas no campo de tiro e praticava com diferentes armas sem piscar ou olhar para elas ao recarregar ou armar.
Ele também tinha que ser ambidestro. Ele praticou movimentos diferentes até 50 vezes. Ele acabou recebendo um elogio da revista "Soldier of Fortune" por seu manuseio realista das armas diante das câmeras (enquanto a revista geralmente satiriza os filmes por suas representações imprecisas do uso de armas).
É nítida a necessidade da saga "O Exterminador do Futuro" se reinventar. Mas ela sempre fez da maneira burra. Foi sempre tentando fazer filmes parcialmente isolados, ao mesmo tempo, conectados, e contando variações em torno de um mesmo momento.
Neste O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas, uma trama similar aos filmes anteriores. Na intenção de eliminar John Connor (Nick Stahl), um dos líderes dos humanos, as máquinas enviam um novo ciborgue exterminador em seu encalço: T-X (Kristanna Loken). Para protegê-lo mais uma vez o ciborgue T-800 (Arnold Schwarzenegger) volta à cena.
Porém, o T-X inicia a matando outros jovens, que aos poucos descobrimos que são lideranças dos rebeldes no futuro. Em paralelo, o T-800 chega, para variar, numa boate, porém uma cena que ridiculariza as cenas dos primeiros filmes.
Inicialmente Edward Furlong iria interpretar novamente o personagem John Connor, assim como fizera em O Exterminador do Futuro 2, mas devido ao seu problema com drogas acabou sendo substituído por Nick Stahl.
Sophia Bush foi escalada como Kate Brewster, mas foi substituída por Claire Danes (que faria a série Chicago PD) após uma semana de filmagens. A atriz foi considerada jovem demais para interpretar a paixão de John Connor.
Kristanna Loken ganhou 15 quilos de músculos para se adequar ao seu papel de TX. Ela também fez aulas de mímica para se preparar para seu papel. Como sua personagem tem tão poucas falas, ela teve que aprender a se comunicar por meio de expressões faciais e gestos corporais.
Apesar de ter criado os personagens e o universo da série O Exterminador do Futuro, o diretor James Cameron nada tem a ver com o 3º filme. Os direitos dos personagens pertenciam, em proporções iguais, à Carolco Pictures e à produtora Gale Anne Hurd, tendo sido comprados pelos produtores, Andrew G. Vajna e Mario Kassar. A dupla pagou US$ 8 milhões para ter o direito sob os filmes já feitos e também por possíveis sequências e séries de TV baseadas no longa-metragem original.
Stan Winston e sua equipe construíram réplicas robóticas perfeitas, em tamanho real e totalmente operacionais de Arnold Schwarzenegger e da co-estrela Kristanna Loken porque certas sequências envolvendo fogo e explosões eram muito perigosas para serem executadas.
"Não existe destino senão o que fazemos para nós mesmos”.
A informação de que o destino é real, que o futuro é inevitável contradiz O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991), porque vai contra seu principal ensinamento final. James Cameron optou por manter o futuro ambíguo. Em T2, o T-800 também afirmou que “é da natureza [da humanidade] destruir [a si mesma]”, e parece que devido a isso, o Dia do Juízo Final é inevitável: não porque o futuro não possa ser mudado, mas devido a falha humana em reconhecer os perigos da tecnologia.
Eu sou da opinião que se for para fazer uma bomba, que seja atômica. Que marque a história. Que leve a assinatura de Oppenheimer. O filme anterior, é insosso, mesmo que eu goste de revê-lo. O Exterminador do Futuro - A salvação é um filme muito mais arriscado. E seus acertos têm mais energia, porém suas mudanças desagradam quem busca mais do mesmo.
Na trama, John Connor (Christian Bale) é designado para liderar a resistência humana ao domínio das máquinas, coordenadas pela Skynet e seu exército de exterminadores. Um dia surge Marcus Wright (Sam Worthington), cuja última memória que possui é de estar no corredor da morte. Connor precisa descobrir se Wright foi enviado do futuro ou resgatado do passado, ao mesmo tempo, em que a Skynet prepara seu ataque definitivo.
O filme tem a habitual cena de batalha em seus primeiros minutos. Porém, pela primeira vez, é durante o dia. Nela acontece um plano sequência incrível, onde Coonor cai com um helicóptero. Os exterminadores parecem bem mais mortais e ameaçadores.
O diretor McG pediu ao elenco que lesse os livros "The Road", de Cormac McCarthy, e "Do Androids Dream of Electric Sheep?", de Philip K. Dick. O objetivo era que fosse melhor compreendida a desolação da realidade retratada no filme.
Claire Danes foi convidada a reprisar a personagem Kate Brewster, mas recusou o papel. Josh Brolin foi convidado para interpretar o personagem Marcus Wright, mas o recusou. Tilda Swinton deixou o elenco pouco antes do início das filmagens. Em seu lugar foi contratada Helena Bonham Carter.
É o único filme da série que não traz Arnold Schwarzenegger, que estava indisponível por servir como Governador da Califórnia na época. Em vez disso, o fisiculturista Roland Kickinger foi usado para a breve aparição do T-800, com a imagem de Schwarzenegger sobreposta digitalmente.
O gênio dos efeitos especiais Stan Winston morreu durante as filmagens (15 de junho de 2008), tornando este o último filme para o qual ele fez efeitos visuais. Ele faz uma ponta no filme. Você pode vê-lo brevemente como um prisioneiro de cabelos brancos a bordo da colheitadeira após a invasão do posto de gasolina.
O truque de manter uma espingarda presa no braço, que Marcus mostra a Kyle Reese, é usado pelo mais velho Kyle Reese interpretado por Michael Biehn no início do original O Exterminador do Futuro (1984), depois que ele viu na coronha para encurtar a espingarda que ele roubou da viatura da polícia.
As cicatrizes que aparecem no pós-Dia do Julgamento John Connor em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991) e O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003) são resultado direto da cena climática final deste filme, em que o T-800 quente e derretido arranha o rosto de John Connor em seu confronto na SkyNet Central.
No filme de 1984. Kyle Reese pergunta à polícia "Que dia é hoje? Em que ano?" E uma das primeiras coisas que Marcus Wright diz a Kyle Reese é "Que dia é hoje? Em que ano?".
Gravações antigas de Sarah Connor são reproduzidas no filme, com palavras de O Exterminador do Futuro (1984) são proferidas pela própria Linda Hamilton em um papel não creditado.
O diretor McG foi visitar James Cameron, que estava trabalhando na Nova Zelândia em Avatar (2009), para obter informações sobre a mitologia dos dois primeiros filmes. Foi então que Cameron recomendou seu diretor de arte Martin Laing para trabalhar como designer de produção e Sam Worthington para interpretar Marcus.
O visual do filme é baseado no processo OZ (Olson-Zacharias) da Technicolor, que adiciona três vezes mais prata ao filme negativo, tornando-o mais leitoso sem afetar a estrutura do grão. Embora o processo tenha sido testado na pré-produção, na verdade, não foi utilizado. Em vez disso, sua aparência foi imitada no processo intermediário digital.
As 3 continuações do filme de 84 propõem mudanças de rumo em suas tramas. O segundo faz do vilão assassino do primeiro filme um exterminador do bem. E ainda abre as portas para futuros alternativos. O Terceiro, tira o foco de John Connor e mostra que ele é cercado por aliados importantes. Neste quarto, o filme adiciona o plot twist de John Connor se aliar a um ciborgue, que inclusive doa seu coração para salvar Connor no final.
O enredo deste filme é uma inversão dos enredos dos três primeiros. Nos três "O Exterminador do Futuro", um ciborgue é enviado de volta ao passado para matar John Connor (ou matar sua mãe, matando-o assim). Neste filme, um ser humano com implantes robóticos acorda no futuro e involuntariamente faz parte de uma estratégia para matar John Connor, embora em última análise ele salve Connor.
A Skynet reverteu o seu plano, enviando um ser humano para o futuro, em vez de uma máquina para o passado. A noção tácita é que durante o Dia do Julgamento, a Skynet teve acesso a todas as fontes digitais de informação e descobriu que já havia enviado suas máquinas de volta no tempo para matar John Connor.
Poderíamos argumentar que a Skynet aprendeu com os seus erros anteriores e agora reconhece que apenas um ser humano pode compreender e ganhar a confiança de outro ser humano. No entanto, o senso de humanidade de Marcus é o que o impede de executar o plano da Skynet; ela ainda não tinha imaginação para prever isso.
O mundo pós-apocalíptico de 2018 retratado neste filme é claramente diferente de 2029 retratado em O Exterminador do Futuro (1984) e O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991). Uma razão para isto é a diferença horária: a Resistência ainda utiliza armas convencionais, helicópteros e aviões de combate contra a Skynet em 2018, e ainda luta durante o dia, em oposição a 2029, quando utiliza armas laser e luta ao estilo de guerrilha à noite.
Outro motivo é que este 2018 não está na mesma linha do tempo de 2029 dos dois primeiros filmes do Exterminador do Futuro: devido à intervenção de John e Sarah Connor em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991), a linha do tempo original foi um pouco alterada: o Dia do Julgamento ocorreu não em 1997, mas em 2004 agora (como visto em O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003).
Nesta linha do tempo alterada, nem tudo acontece exatamente da mesma maneira ou, ao mesmo tempo que acontecia na linha do tempo original; isso é evidenciado pela fita de Sarah Connor, que é um pouco diferente daquela que ela gravou em O Exterminador do Futuro (1984), e pelo fato de a unidade infiltradora T-800 já estar em desenvolvimento no alterado 2018, embora estivesse implícito que seria um desenvolvimento recente no 2029 original.
Um posto de gasolina no deserto semelhante aparece em todos os quatro filmes do Exterminador do Futuro. Em O Exterminador do Futuro (1984) Sarah para em um antes de dirigir para o deserto de Mojave. Em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991) Sarah, John e o T-800 param juntos no posto, durante a noite depois que ela foge do hospital. Em O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003) é onde o T-800 abastece. E por fim, neste quarto, é o esconderijo dos refugiados pouco antes de serem atacados pelo Harvester Terminator.
Pretendia-se que o filme fosse o primeiro de uma nova "Trilogia da Guerra do Futuro" do Exterminador do Futuro, toda feita por McG, mas o fraco desempenho e recepção do filme levaram ao cancelamento dos dois filmes seguintes. Em vez disso, os direitos da franquia foram transferidos para uma produtora diferente, e uma nova trilogia foi planejada para começar com O Exterminador do Futuro: Gênesis (2015). Isso também não se concretizou, novamente devido a uma combinação de fracasso de crítica e comercial.
🔷Exterminador do Futuro - Gênesis (2015)
Seguindo algo que se tornou tradição, O Exterminador do Futuro - Gênesis amplifica momentos para dar luz a sua narrativa. Vemos o Dia do Julgamento mais de perto e todo o horror que ele provoca. Temos a face líder da resistência de John Connor, bem como a amizade com Reese. Isso tudo antes mesmo de acabarem os créditos. Inclusive, conhecemos a máquina que possibilita a viagem no tempo.
O filme mostra a resistência humana contra as máquinas, comandada por John Connor (Jason Clarke). Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado visando matar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984, na intenção de garantir a segurança dela.
Entretanto, ao chegar, Reese é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protegê-la quando ainda era criança.
Devido à idade de Arnold Schwarzenegger, foi decidido que, em vez de usarem CGI para fazer Schwarzenegger parecer trinta anos mais jovem, o roteiro deveria destacar que o tecido humano do qual o exterminador é revestido envelhece como qualquer outro ser vivo, dando-lhe a aparência de mais velho.
A roteirista Laeta Kalogridis disse que a principal inspiração do filme foi a segunda metade do filme De Volta para o Futuro 2 (1989), onde Marty McFly (Michael J. Fox) visita um alternativo 1985, enquanto Biff Tannen (Thomas F. Wilson) mais velho visita 1955. Eles também usaram os melhores momentos dos dois primeiros filmes como base para a sua história.
Tom Hardy foi considerado para o papel de John Connor, mas acabou interpretando Mad Max em Mad Max: Estrada da Fúria (2015). Sam Worthington desempenhou um papel significativo em O Exterminador do Futuro - A Salvação. Antes de Hardy, Worthington foi considerado para o papel-título de Mad Max. E como dito mais acima, James Cameron era fã de Mad Max, nomeado seu cão de Max e ainda colocando ele em cena no final do primeiro filme.
Arnold Schwarzenegger treinou durante seis meses, cerca de três horas por dia, antes do início das filmagens, quando ele tinha exatamente o mesmo peso corporal e medidas musculares de 12 anos antes, durante as filmagens de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003).
Coincidentemente, Schwarzenegger havia feito o mesmo antes de O Exterminador do Futuro 3, que o colocou com o mesmo peso e medidas de O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991), portanto, apesar de sua idade, suas dimensões permaneceram bastante constantes ao longo da série.
A cena do Griffith Park no início de O Exterminador do Futuro (1984) e Gênesis mostra três punk rockers. No original, o personagem de Bill Paxton tem cabelo azul espetado, mas seu substituto tem a cabeça cheia de cabelos pretos. O personagem Brian Thompson (cujo coração foi arrancado no original) tem cabelo loiro e espetado; seu substituto nesta linha do tempo ostenta um moicano loiro. É claro que algumas coisas não mudam na linha do tempo, mas essas mudam.
O cenário do Griffith Park de 1984 foi recriado em um estacionamento na área de New Orleans, com a futura sequência da guerra. New Orleans também representou a maioria do cenário do centro de Los Angeles e da usina abandonada, já que a própria Los Angeles havia sido modernizada demais desde a década de 1980.
Jai Courtney (Kyle Reese) e Emilia Clarke (Sarah Connor) nasceram em 1986, o que os torna 30 anos mais novos que os atores originais de Reese e Connor, Michael Biehn e Linda Hamilton de O Exterminador do Futuro (1984). Biehn e Hamilton nasceram em 1956.
Isso também significa que Jai e Emilia são um ano mais velhos que Biehn e Hamilton quando interpretaram seus respectivos personagens, já que O Exterminador do Futuro: Gênesis (2015) foi lançado 31 anos após O Exterminador do Futuro (1984). Coincidentemente, Aliens, O Resgate, dirigido por James Cameron, foi lançado justamente em 1986.
O plot twist do filme foi colocar John Connor com um exterminador, porém, a grande reviravolta acontece com uma hora de duração, o que é um pecado. E pior ainda, ela pode ser vista no pôster oficial do filme. E colocar o filho de Miles Dyson (Joe Morton), como mentor da nova Skynet, rebatizada de Gênesis, também foi uma forma interessante de mostrar como a família de Dyson lidou com sua morte.
A batalha final é uma homenagem aos finais dos três primeiros filmes do Exterminador do Futuro: Kyle dá um tapa na cabeça do malvado exterminador com um pedaço de metal, como fez com o endoesqueleto do T-800 em O Exterminador do Futuro 1984); Sarah atira repetidamente nele com uma espingarda como fez com o T-1000 em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991); e o T-800 de Arnold Schwarzenegger o segura para ser destruído como fez com o TX em O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003) .
James Cameron disse que este filme foi a continuação natural de O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991). Arnold Schwarzenegger acreditava que superava O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991) em termos tecnológicos, de ação e de intensidade.
Mas quando Cameron produziu o próximo filme, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019), ele decidiu ignorar o enredo de Gênesis, optando por uma continuação de sua própria história no filme de 1991..
Se nem ele define qual linha seguirmos, é por que vamos realmente continuar perdidos.
🔷Exterminador do Futuro - Destino Sombrio (2019)
O Exterminador do Futuro - Destino Sombrio acompanha Grace (Mackenzie Davis), uma ciborgue que chega para proteger Dani Ramos (Natalia Reyes) do exterminador Rev-9 (Gabriel Luna). Quando recebem a ajuda de Sarah Connor durante um ataque do novo exterminador, elas decidem se unir contra a nova ameaça e acabar com ela de uma vez por todas. Porém, para isso, elas terão que contar com a ajuda de T-800 (Arnold Schwarzenegger), o exterminador que conseguiu se tornar autoconsciente.
O filme segue a cartilha de alterar algo em relação aos anteriores, e trazer dois exterminadores, sendo o vilão muito mais evoluído. Sai de cena a Skynet, a Gênesis e entra a Legião. Descontando a criatividade zero, o filme persiste na ideia de que os mais fracos, quando unidos, tem um efeito muito mais forte que o imbatível vilão.
O produtor e criador da série James Cameron afirmou que esteve envolvido na escrita do filme, mas não interferiu na direção de Tim Miller e nunca visitou o set (estava ocupado filmando Avatar: O Caminho da Água). Ele admitiu que o roteiro "não estava onde deveria estar" quando as filmagens começaram, então ele reescrevia e enviava, às vezes apenas um dia antes das cenas alteradas serem programadas para serem filmadas.
Além disso, após o corte preferido de Miller do filme, Cameron interveio para algumas edições não creditadas (já que ele é um editor talentoso), achando a versão de Miller "muito longa". Ele admitiu que ele e Miller tiveram sua cota de desentendimentos, que às vezes "se tornaram um banho de sangue. Este é um filme forjado no fogo. Mas esse é o processo criativo, certo?"
Miller, por sua vez, reconheceu as divergências nos bastidores, mas afirmou que muitos deles se resumiam a "coisas que cortei que [Cameron] achou importantes" e "pequenos versos que considerei" poéticos e bonitos", mas com os quais ele não ligou". Miller também disse que embora mantivesse um bom relacionamento com Cameron, preferia ter mais controle sobre seus próximos projetos, e dificilmente trabalharia com ele novamente.
James Cameron foi responsável por trazer sua ex-esposa Linda Hamilton de volta para reprisar seu papel de Sarah Connor. Ele enviou a ela um e-mail de três páginas e meia, metade do qual era dedicado a explicar por que ela não deveria fazer o filme e a outra metade explicando por que ela deveria fazê-lo. Cameron afirmou que sua maior contribuição para o filme não foi fazer Hamilton dizer sim, mas levá-la a um ponto em que ela não dissesse não automaticamente, e concordou em se encontrar com o diretor Tim Miller para ouvir suas ideias.
Ao se preparar para reprisar seu papel, Linda Hamilton teve que fazer um ano inteiro de treinamento físico e uma dieta rigorosa sem carboidratos a partir de maio de 2017 antes do início das filmagens sob a supervisão do renomado preparador físico Mackie Shilstone
O filme apresenta a personagem 'Grace' de Mackenzie Davis, um soldado da resistência do futuro que foi convertida em um ciborgue após sofrer ferimentos fatais em batalha. Mackenzie Davis estava realmente nua na cena em que Grace luta com os policiais. O departamento de figurinos ofereceu roupas íntimas, cor da pele, a Davis, mas ela se recusou a usá-las.
Muitos questionaram o fato do filme começar com a morte de John Connor, especialmente porque o produtor James Cameron sempre expressou sua antipatia sobre como os personagens Hicks e Newt de seu filme Aliens, O Resgate (1986) foram mortos sem cerimônia no início da sequência Alien 3 (1992).
No entanto, Cameron afirmou desde então que ele próprio sugeriu esta reviravolta chocante, a fim de "puxar o tapete de toda a construção que vem acontecendo nas últimas três décadas". Linda Hamilton e o diretor Tim Millerconcordou, afirmaram que era uma boa forma de evoluir a história e chocar o público.
Miller também sentiu que John Connor já havia recebido bastante exposição nos três filmes anteriores, então ele queria abrir espaço para outros personagens. Ele admitiu que eles experimentaram mover a revelação da morte de John mais adiante no filme durante a exposição de Sarah no motel, mas não funcionou tão bem dramaticamente.
Não é mais uma questão de O Exterminador do Futuro ter lógica. O único objetivo é fazer dinheiro. Curiosamente, o nome do filme, O Exterminador do Futuro - Destino Sombrio, previu o fim da saga dos ciborgues slasher pela sua fraca bilheteria, algo que ainda não havia acontecido.
Aliás, não previu o fim... ele ficou obsoleta.